A escolha do presidente da Câmara dos Deputados para a próxima legislatura, que se inicia em 1.º de fevereiro, já provoca movimentações de governistas e da oposição na Casa. Considerado favorito entre seus pares, o nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não é bem visto pelo Palácio do Planalto devido aos embates com o governo. Pela base aliada, Arlindo Chinaglia (PT-SP) tenta contornar o clima anti-petista no Congresso para viabilizar sua candidatura. Já Júlio Delgado (PSB-PE), representante da oposição, declara-se como único candidato independente na disputa. A reportagem conversou com os três postulantes para o cargo, que é o segundo na linha sucessória de comando do País.

 

‘Nem contra nem a favor do governo’

 

Entrevista com Eduardo Cunha, candidato do PMDB à presidência da Câmara

Até agora apontado como favorito na disputa pela presidência da Câmara, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), passa por sua primeira turbulência na campanha: foi citado na Operação Lava Jato como beneficiário de propina no esquema de corrupção da Petrobrás. Ele nega a acusação. Candidato contra a vontade da presidente Dilma Rousseff, ele tenta até a eleição manter o favoritismo. Diz que não é contrário nem a favor do governo e, sim, favorável a uma Câmara independente.

A candidatura do senhor é contrária ao Palácio do Planalto? 

 

Não é nem contrária ao Planalto nem a favor. É uma candidatura de independência da Casa. Estou dizendo, explicitamente, que se alguém acha que vou fazer uma presidência de oposição, vai se decepcionar. E se alguém acha que haverá na presidência um submisso ao governo, também vai se decepcionar.

 

O sr. é a favor de uma nova CPI da Petrobrás? 

 

Sou a favor da abertura da CPI para continuar a investigar a Petrobrás. 

 

E se houver um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff? 

 

Sou contra. Não se justifica.

O senhor não teme que a citação de seu nome na Operação Lava Jato o atrapalhe?

 

Provem. Isso é manobra. Por isso, defendo nova CPI da Petrobrás. É a única forma de mostrar que não tememos nada. Quem não deve, não teme.

 

Como será a condução dos processos de cassação de deputados da Lava Jato? 

 

Vou cumprir o regimento. Tem pedido da cassação? Abre-se o processo, faz-se o julgamento e acata-se o resultado do plenário. 

 

O senhor vai trabalhar para aprovar a emenda constitucional que cria o orçamento impositivo? 

 

Sem dúvida. Ela já foi aprovada no primeiro turno na Câmara. Vou, na presidência, colocar para votar o segundo turno e vou começar a discutir orçamento impositivo para as emendas de bancada.

A presidente Dilma disse que seu governo vai trabalhar pela reforma política. O senhor também? 

 

Claro. Meu primeiro ato vai ser discutir a reforma política que já está pronta para votar. Houve, das vezes anteriores, uma obstrução do PT, que só queria votar o financiamento público de campanha. Então, nós vamos dar admissibilidade a essa proposta e criar imediatamente a comissão especial que vai tratar dela. 

 

O que o senhor pensa do financiamento público de campanha defendido pelo PT? 

 

Sou contra. Veja bem. A minha posição pessoal sobre a reforma política é minha. Não quer dizer que é aquilo que será aprovado. Sou também a favor da coincidência das eleições e da redução no tempo de campanha para que sejam barateadas.

Como o senhor viu as críticas do candidato petista Arlindo Chinaglia ao senhor, de que fez nomeações para o governo? 

 

As pessoas têm de aprender a discutir em alto nível. O que ele conseguiu com isso? Talvez eu tenha me arrependido de ter votado nele um dia para presidente da Câmara e de ter ajudado ele a se eleger. Ele mostrou que não foi merecedor do meu voto. 

‘Ideia é ter uma Câmara de cabeça erguida’

Entrevista com Arlindo Chinaglia, candidato do PT à presidência da Câmara

Ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-líder do governo na Casa, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) sabe que há um clima contrário ao seu partido no Congresso. E que isso poderá ter influência no resultado da eleição. Portanto, ele tenta se desvincular de qualquer apoio do governo à sua candidatura. Afirma que o adversário Eduardo Cunha levou o clima pós-eleitoral para dentro da Casa. 

O senhor é o candidato do Palácio do Planalto? 

 

Pago o preço naturalmente por ser do PT, por ter sido líder do governo. Qualquer candidato que aparecer como candidato do Planalto tem uma reação da Casa. E não é por acaso que se tenta explorar a minha trajetória. 

 

O novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, está atuando a seu favor na disputa? 

 

Até ontem ele não era ministro e discutia com a gente estratégias não só da minha candidatura, mas do Parlamento. Um deputado vira ministro, mas não uma folha em branco. Daí você dizer que os ministros vão entrar em campanha é outra história. Se o Planalto entrar me derrota. A ideia de uma Câmara de cabeça erguida faz parte do meu currículo. 

Como o senhor trataria um eventual pedido de impeachment da presidente da República, caso venha a ser feito? 

 

Não acredito que haja um pedido sério. Se vier, é alguma maluquice, sem sentido. 

 

O senhor acha que quando Eduardo Cunha o associa ao PT e ao governo, está se aproveitando do clima pós-eleitoral?

 

Ele é inteligente. Quando você faz um discurso na Câmara de que o presidente não pode ser do PT, num primeiro momento você cativa aqueles que se sentiram de alguma maneira contrariados com o resultado eleitoral ou com a campanha. 

 

Além do Eduardo Cunha, tem o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) concorrendo. Se o senhor passar para o segundo turno, espera ter o apoio dele? 

 

Sim. E ele pode contar comigo também. O Júlio nunca fez qualquer insinuação a meu respeito. Nessa dinâmica, que não foi criada por mim, a aliança de segundo turno, se depender de mim, está colocada. 

Eduardo Cunha é citado no esquema na Lava Jato. Acredita que isso pode atrapalhar a candidatura dele? 

 

Prefiro não comentar essa circunstância exatamente por ele estar disputando a presidência da Câmara. Acho que isso diz respeito, no momento, à Procuradoria-Geral da República, ao Supremo e ao próprio Eduardo. Prefiro me manter distante. 

 

Como vai conduzir possíveis processos de pedido de cassação contra os deputados? 

 

É preciso um cuidado para que não haja generalizações. Cada caso é um caso. E na Câmara tem um trâmite normal. O ministro da Saúde Arthur Chioro defende a criação de um novo tributo para ser aplicado na área. 

 

Como o senhor vê a possibilidade de criação de um novo imposto no País? 

 

Na minha opinião, isso não ajuda o debate no Congresso porque tende a haver reação. Isso não está em discussão agora na Câmara. 

‘Sou o único independente de verdade’

Entrevista com Júlio Delgado, candidato do PSB à presidência da Câmara

Líder do PSB na Câmara, o deputado Júlio Delgado (MG) anuncia-se como o único independente na disputa pela presidência, visto que os adversários pertencem aos governistas PT e PMDB. Ele afirma que não fará um “terceiro turno” da eleição caso seja eleito presidente e que terá um relacionamento institucional com a presidente Dilma Rousseff. Delgado chegou a ser chamado de “exterminador de petistas” em razão de sua atuação no Conselho de Ética da Casa, sempre pedindo a cassação de deputados do PT citados em esquemas de corrupção, como o caso do mensalão.

Como o senhor vê a ideia da oposição de fazer uma nova CPI para investigar a Petrobrás? 

 

Uma nova CPI vai ter de acontecer. Até porque há muitos fatos novos em relação ao ano passado e outros que certamente vão surgir e vão atingir até o Parlamento. 

 

O senhor é um candidato contrário ao governo? 

 

Não. Sou independente, verdadeiramente independente. Existem os aliados e os pseudoaliados, que ficam falando que são independentes. Eu não. Sou independente. O único que efetivamente não tem indicação de ninguém para cargo no governo sou eu. Por isso, tenho liberdade para ficar à vontade para fazer uma pauta exclusivamente do Legislativo e elevar a estatura do nosso poder. 

 

Como o senhor trataria um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff? 

 

Eu não farei terceiro turno das eleições na Câmara. A disputa já acabou e a presidente Dilma venceu. Tratarei o Poder Executivo dentro da institucionalidade. 

  

Candidatos expõem atual jogo de forças

Cunha, sempre uma ameaça ao governo, Chinaglia, fiel ao Planalto, e Delgado, da oposição, resumem o quadro da disputa política no Congresso

A escolha do presidente da Câmara dos Deputados para a próxima legislatura, que se inicia em 1.º de fevereiro, já provoca movimentações de governistas e da oposição na Casa. Considerado favorito entre seus pares, o nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não é bem visto pelo Palácio do Planalto devido aos embates com o governo. Pela base aliada, Arlindo Chinaglia (PT-SP) tenta contornar o clima anti-petista no Congresso para viabilizar sua candidatura. Já Júlio Delgado (PSB-PE), representante da oposição, declara-se como único candidato independente na disputa. A reportagem conversou com os três postulantes para o cargo, que é o segundo na linha sucessória de comando do País.

 

 

‘Nem contra nem a favor do governo’

Entrevista com Eduardo Cunha, candidato do PMDB à presidência da Câmara

 

Até agora apontado como favorito na disputa pela presidência da Câmara, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), passa por sua primeira turbulência na campanha: foi citado na Operação Lava Jato como beneficiário de propina no esquema de corrupção da Petrobrás. Ele nega a acusação. Candidato contra a vontade da presidente Dilma Rousseff, ele tenta até a eleição manter o favoritismo. Diz que não é contrário nem a favor do governo e, sim, favorável a uma Câmara independente.

 

 

 

Eduardo Cunha trabalhou para os governos Fernando Collor e Anthony Garotinho e é deputado federal desde 2003

 

 

A candidatura do senhor é contrária ao Palácio do Planalto? 

 

Não é nem contrária ao Planalto nem a favor. É uma candidatura de independência da Casa. Estou dizendo, explicitamente, que se alguém acha que vou fazer uma presidência de oposição, vai se decepcionar. E se alguém acha que haverá na presidência um submisso ao governo, também vai se decepcionar.

 

O sr. é a favor de uma nova CPI da Petrobrás? 

 

Sou a favor da abertura da CPI para continuar a investigar a Petrobrás. 

 

E se houver um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff? 

 

Sou contra. Não se justifica.

 

O senhor não teme que a citação de seu nome na Operação Lava Jato o atrapalhe?

 

Provem. Isso é manobra. Por isso, defendo nova CPI da Petrobrás. É a única forma de mostrar que não tememos nada. Quem não deve, não teme.

 

Como será a condução dos processos de cassação de deputados da Lava Jato? 

 

Vou cumprir o regimento. Tem pedido da cassação? Abre-se o processo, faz-se o julgamento e acata-se o resultado do plenário. 

 

O senhor vai trabalhar para aprovar a emenda constitucional que cria o orçamento impositivo? 

 

Sem dúvida. Ela já foi aprovada no primeiro turno na Câmara. Vou, na presidência, colocar para votar o segundo turno e vou começar a discutir orçamento impositivo para as emendas de bancada.

 

A presidente Dilma disse que seu governo vai trabalhar pela reforma política. O senhor também? 

 

Claro. Meu primeiro ato vai ser discutir a reforma política que já está pronta para votar. Houve, das vezes anteriores, uma obstrução do PT, que só queria votar o financiamento público de campanha. Então, nós vamos dar admissibilidade a essa proposta e criar imediatamente a comissão especial que vai tratar dela. 

 

O que o senhor pensa do financiamento público de campanha defendido pelo PT? 

 

Sou contra. Veja bem. A minha posição pessoal sobre a reforma política é minha. Não quer dizer que é aquilo que será aprovado. Sou também a favor da coincidência das eleições e da redução no tempo de campanha para que sejam barateadas.

 

Como o senhor viu as críticas do candidato petista Arlindo Chinaglia ao senhor, de que fez nomeações para o governo? 

 

As pessoas têm de aprender a discutir em alto nível. O que ele conseguiu com isso? Talvez eu tenha me arrependido de ter votado nele um dia para presidente da Câmara e de ter ajudado ele a se eleger. Ele mostrou que não foi merecedor do meu voto. 

 

‘Ideia é ter uma Câmara de cabeça erguida’

Entrevista com Arlindo Chinaglia, candidato do PT à presidência da Câmara

 

Ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-líder do governo na Casa, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) sabe que há um clima contrário ao seu partido no Congresso. E que isso poderá ter influência no resultado da eleição. Portanto, ele tenta se desvincular de qualquer apoio do governo à sua candidatura. Afirma que o adversário Eduardo Cunha levou o clima pós-eleitoral para dentro da Casa. 

 

 

 

Arlindo Chinaglia é deputado federal desde 1995, trabalhou no governo Marta Suplicy e já presidiu a Câmara (2007-2009)

 

 

O senhor é o candidato do Palácio do Planalto? 

 

Pago o preço naturalmente por ser do PT, por ter sido líder do governo. Qualquer candidato que aparecer como candidato do Planalto tem uma reação da Casa. E não é por acaso que se tenta explorar a minha trajetória. 

 

O novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, está atuando a seu favor na disputa? 

 

Até ontem ele não era ministro e discutia com a gente estratégias não só da minha candidatura, mas do Parlamento. Um deputado vira ministro, mas não uma folha em branco. Daí você dizer que os ministros vão entrar em campanha é outra história. Se o Planalto entrar me derrota. A ideia de uma Câmara de cabeça erguida faz parte do meu currículo. 

 

Como o senhor trataria um eventual pedido de impeachment da presidente da República, caso venha a ser feito? 

 

Não acredito que haja um pedido sério. Se vier, é alguma maluquice, sem sentido. 

 

O senhor acha que quando Eduardo Cunha o associa ao PT e ao governo, está se aproveitando do clima pós-eleitoral?

 

Ele é inteligente. Quando você faz um discurso na Câmara de que o presidente não pode ser do PT, num primeiro momento você cativa aqueles que se sentiram de alguma maneira contrariados com o resultado eleitoral ou com a campanha. 

 

Além do Eduardo Cunha, tem o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) concorrendo. Se o senhor passar para o segundo turno, espera ter o apoio dele? 

 

Sim. E ele pode contar comigo também. O Júlio nunca fez qualquer insinuação a meu respeito. Nessa dinâmica, que não foi criada por mim, a aliança de segundo turno, se depender de mim, está colocada. 

 

Eduardo Cunha é citado no esquema na Lava Jato. Acredita que isso pode atrapalhar a candidatura dele? 

 

Prefiro não comentar essa circunstância exatamente por ele estar disputando a presidência da Câmara. Acho que isso diz respeito, no momento, à Procuradoria-Geral da República, ao Supremo e ao próprio Eduardo. Prefiro me manter distante. 

 

Como vai conduzir possíveis processos de pedido de cassação contra os deputados? 

 

É preciso um cuidado para que não haja generalizações. Cada caso é um caso. E na Câmara tem um trâmite normal. O ministro da Saúde Arthur Chioro defende a criação de um novo tributo para ser aplicado na área. 

 

Como o senhor vê a possibilidade de criação de um novo imposto no País? 

 

Na minha opinião, isso não ajuda o debate no Congresso porque tende a haver reação. Isso não está em discussão agora na Câmara. 

 

‘Sou o único independente de verdade’

Entrevista com Júlio Delgado, candidato do PSB à presidência da Câmara

 

Líder do PSB na Câmara, o deputado Júlio Delgado (MG) anuncia-se como o único independente na disputa pela presidência, visto que os adversários pertencem aos governistas PT e PMDB. Ele afirma que não fará um “terceiro turno” da eleição caso seja eleito presidente e que terá um relacionamento institucional com a presidente Dilma Rousseff. Delgado chegou a ser chamado de “exterminador de petistas” em razão de sua atuação no Conselho de Ética da Casa, sempre pedindo a cassação de deputados do PT citados em esquemas de corrupção, como o caso do mensalão.

 

 

 

Júlio Delgado é deputado federal desde 2003 e já disputou a presidência da Câmara em 2011

 

 

Como o senhor vê a ideia da oposição de fazer uma nova CPI para investigar a Petrobrás? 

 

Uma nova CPI vai ter de acontecer. Até porque há muitos fatos novos em relação ao ano passado e outros que certamente vão surgir e vão atingir até o Parlamento. 

 

O senhor é um candidato contrário ao governo? 

 

Não. Sou independente, verdadeiramente independente. Existem os aliados e os pseudoaliados, que ficam falando que são independentes. Eu não. Sou independente. O único que efetivamente não tem indicação de ninguém para cargo no governo sou eu. Por isso, tenho liberdade para ficar à vontade para fazer uma pauta exclusivamente do Legislativo e elevar a estatura do nosso poder. 

 

Como o senhor trataria um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff? 

 

Eu não farei terceiro turno das eleições na Câmara. A disputa já acabou e a presidente Dilma venceu. Tratarei o Poder Executivo dentro da institucionalidade. 

 

O que o senhor se propõe a oferecer aos deputados? Gabinetes maiores? 

 

Não proponho nada disso que os outros têm proposto. Até porque os últimos quatro presidentes falaram de construção de anexo, de gabinetes novos. Se você quer fazer diferente, tem de propor algo que parta dos deputados. A única coisa concreta que eu fiz foi uma sugestão de criar um colégio de presidentes das comissões permanentes, para que eles possam estabelecer com seus partidos, com seus líderes e bancadas nos Estados pautas que sejam de iniciativa do Poder Legislativo. A gente não pode mais deixar o parlamentar frustrado ao final de um mandato, sem ter uma matéria de sua autoria sendo votada pelo plenário da Casa. 

 

Como o senhor tratará eventuais pedidos de cassação de mandato de parlamentares envolvidos em processos de corrupção? 

 

De forma institucional, como deve ser. Mas vou procurar dar mais poder ao Conselho de Ética, que hoje não pode fazer convocações, apenas convites.

 

O senhor vai trabalhar para aprovar a emenda constitucional do orçamento impositivo? 

 

É importante que ela seja aprovada. A gente tem que votar um projeto que torne o contingenciamento das emendas proporcional àquilo que o governo anuncia que vai cortar. E o que estiver dentro dessas condições terá efetivamente de ser pago. Não adianta só aprovar o orçamento impositivo sem fazer o controle sobre o contingenciamento da proposta orçamentária.