Título: Gastos são normais, alega CGU
Autor: Pariz, Tiago
Fonte: Correio Braziliense, 31/07/2011, Política, p. 2

A Controladoria-Geral da União (CGU) informou que não há nenhum desvirtuamento do programa e os recursos estão sendo aplicados de forma correta, conforme orientações do Ministério do Planejamento. O órgão disse ainda que as despesas administrativas mantêm toda a CGU, incluindo a sede em Brasília e as 26 unidades regionais. "É preciso ter bem claro que, no caso da CGU, sua atividade implica muito mais despesas de custeio do que de investimento. O orçamento de investimento da CGU corresponde a 10,44% do limite autorizado para 2011, atingindo o montante de R$ 8,080 milhões", consta na resposta encaminhada ao Correio.

Segundo a CGU, as despesas citadas na reportagem foram feitas para atender as unidades, provendo infraestrutura suficiente e adequada para o desempenho da função. E citou como dado que o gasto com combustível em 2011, até 28 de julho, foi de R$ 70.372,45. "O que corresponde a 0,09% do limite orçamentário da CGU. Esse gasto com combustível, apesar de ser de natureza administrativa, está diretamente ligado às atividades finalísticas do órgão, considerando que nossas ações de fiscalizações e auditorias são realizadas in loco, necessitando, portanto, do deslocamento constante dos nossos auditores e corregedores", justificou o órgão.

A CGU informou ainda que a execução orçamentária do órgão mostra que a controladoria está economizando recursos e obtendo maiores resultados. Disse ainda que tem cumprido seu papel no combate à corrupção por meio de auditorias, fiscalização de municípios, operações conjuntas com a Polícia Federal e investigações em parceria com o Ministério Público. Citou também medidas de transparência pública, como a análise de repasse de recursos de programas do governo para municípios, o que "evitou a perda de alguns bilhões de reais". "Em resumo, a CGU entende que vem fazendo a sua parte. Isso é suficiente? Claro que não. Por um lado, porque a corrupção é um crime e, como qualquer crime, não vai deixar de existir nunca, em nenhum país do mundo. Sempre ocorreu em todas as sociedades e vai existir sempre. O que importa é que há a disposição de combatê-la e que as instituições criadas para isso trabalham da forma mais articulada possível", enfatizou a assessoria de imprensa do órgão. (TP)