Título: Atritos no PMDB
Autor: Lyra, Paulo de Tarso
Fonte: Correio Braziliense, 17/07/2011, Política, p. 3

Para saber mais

Os atritos de Dilma Rousseff com a base aliada começaram cedo com o PMDB, principal aliado na coalizão governista. A presidente decidiu trocar os apadrinhados políticos da legenda no setor elétrico e mudou o comando da Eletrobrás e da Eletronorte. E ainda acabou com o domínio político do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em Furnas, após sucessivas matérias apontando irregularidades na subsidiária. O partido engoliu a seco, mas deu o troco na votação do Código Florestal, apresentando uma emenda que abre brecha para a anistia aos desmatadores.

Dilma também não poupou o PT. A presidente não gostou nada do partido não dar sustentação política ao então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Muito menos dos ataques ao ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Os dois caíram, mas Dilma nomeou, respectivamente, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, sem deixar o PT discutir o espólio com a vacância dos cargos.

O mais recente episódio envolveu o PR. Em 13 dias, a presidente exonerou toda a cúpula do Ministério dos Transportes, do Dnit e da Valec ligada ao partido e deu carta branca para que o novo ministro, Paulo Sérgio Passos, indicasse os substitutos, sem passar pelo crivo do partido. (PTL)