Centrais sindicais realizaram nesta quarta-feira manifestações em 23 Estados e no Distrito Federal contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização. Os protestos espalhados pelo País incluíram bloqueio de rodovias e paralisação de atividades em fábricas e no serviço público.

Em São Paulo, vias importantes de acesso à capital paulista foram bloqueadas totalmente ou parcialmente logo pela manhã. Durante a tarde, sindicalistas liderados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) se reuniram em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na Avenida Paulista. O presidente da entidade Paulo Skaf é um dos apoiadores da medida. Um trecho da Paulista, no sentido Paraíso, chegou a ser interditado pela Polícia Militar.

No ato, Paulo Skaf, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foram os principais alvos dos discursos dos sindicalistas. “Esse projeto significa o fim da CLT”, firmou Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional. Segundo Freitas, novas manifestações devem ser programadas para Brasília. “Eu espero que o ditador de plantão do Brasil, o Eduardo Cunha, não feche a porta da casa do povo. No limite nós vamos pedir o veto da presidente Dilma e faremos uma greve geral no Brasil para derrotar os patrões”, disse.

No interior do Estado, as manifestações atingiram 11 cidades. Em Sorocaba, o transporte urbano ficou paralisado até as 10 horas da manhã e mais de 100 mil pessoas ficaram sem condução.

Em Campinas, 100 manifestantes, segundo a PM, bloquearam os acessos da Unicamp, com apoio de parte dos estudantes e professores. Em Indaiatuba, cerca de 2,1 mil trabalhadores entraram em greve na fábrica da Toyota. Na Honda, em Sumaré, 3,4 mil trabalhadores pararam, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. Em Paulínia, manifestantes bloquearam a entrada da Refinaria Planalto (Replan) da Petrobrás.

 

 

 

Manifestações contra PL da terceirização

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Tiago Queiroz/Estadão

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Movimentos sociais de esquerda fazem manifestação no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. 

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Movimentos sociais de esquerda fazem manifestação no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. 
Cerca de 2.500 manifestantes se reúnem no Largo da Batataem ato organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Professores da rede estadual de ensino, militantes da CUT, CTB e da União Nacional pela Moradia Popular se unem à passeata, que deve ir em direção à Avenida Paulista.
Militantes do MTST em São Paulo se reúnem no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros. Passeata deve ir até a Avenida Paulista e encontrar o ato da CUT em frente à sede da Fiesp.
Luciana Genro, ex-deputada federal e candidata à Presidência da República em 2014 (PSOL-RS), está presente e discursou na concentração do ato
Trabalhadores fazem manifestações em 23 Estados e DF nesta quarta-feira, 15. Em SP, houve protestos na Ponte das Bandeiras, na Avenida Vital Brasil e na Avenida Paulista.
No Rio de Janeiro, protesto contra a PL 4330/04 da Terceirização reuniu trabalhadores representados por cinco centrais sindicais: CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), Intersindical e CSP- Conlutas. O protesto chamado de 'Dia Nacional da Paralisação' se concentrou na Cinelândia, no centro da cidade
Cerca de 500 manifestantes chegam à Cinelândia para se juntar ao ato contra a PL 4330. São pessoas ligadas à partidos como PSOL, PSTU e PCB, que estavam reunidos na Candelária. Eles evitaram se juntar cedo ao ato organizado pela CUT, considerado governista.
Manifestantes queimam um boneco com o rosto de Paulo Skaf, presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014. Os protestos são contra o projeto de lei 4330, que permite a terceirização de atividades-fim no setor privado. Os ativistas também levaram ao protesto bonecos que representam o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o deputado Paulinho da Força (PROS)
Manifestantes queimam um boneco com o rosto de Paulo Skaf, presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014. Os protestos são contra o projeto de lei 4330, que permite a terceirização de atividades-fim no setor privado. Os ativistas também levaram ao protesto bonecos que representam o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o deputado Paulinho da Força (PROS)
Há ainda manifestações em Florianópolis, Aracaju, Teresina, Belo Horizonte, Ceará, São Luis, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória, Recife, Salvador, Natal, Cuiabá, Curitiba e Manaus.
Cerca de 500 manifestantes chegam à Cinelândia para se juntar ao ato contra a PL 4330. São pessoas ligadas à partidos como PSOL, PSTU e PCB, que estavam reunidos na Candelária. Eles evitaram se juntar cedo ao ato organizado pela CUT, considerado governista.
No Rio de Janeiro, o protesto contra a PL 4330/04 da Terceirização reuniu trabalhadores representados por cinco centrais sindicais: CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), Intersindical e CSP- Conlutas. O protesto chamado de 'Dia Nacional da Paralisação' se concentrou na Cinelândia.
Manifestantes protestam nesta quarta, 15, contra a aprovação da Lei da Terceirização em todo o País. Em São Paulo, um grupo se reúne em frente ao MASP e ao prédio da FIESP, na Avenida Paulista e outro grupo parte do Largo da Batata, na zona oeste, também sentido Avenida Paulista.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 150 manifestantes da Central Única de Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) caminham em direção ao Masp, bloqueando uma faixa da Avenida Paulista no sentido Consolação. Eles devem juntar-se aos manifestantes da União Nacional por Moradia Popular, que se concentra na área do museu.
De acordo com a Central de Operações da Polícia Militar, o protesto do MTST no Largo da Batata reúne 2.500 pessoas. O movimento informou, por meio de sua conta na rede social Facebook, que deve ir em direção à Avenida Paulista.
Manifestantes queimam um boneco com o rosto de Paulo Skaf, presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014. 
Os protestos são contra o projeto de lei 4330, que permite a terceirização de atividades-fim no setor privado. Os ativistas também levaram ao protesto bonecos que representam o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o deputado Paulinho da Força (PROS)
Trabalhadores fazem manifestações em 23 Estados e DF nesta quarta-feira, 15.
Bahia: Em Ilhéus, manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam a Avenida Itabuna, umas principais da cidade. O registro fotográfico é do leitor Felipe Watanabe.  
Na zona norte de São Paulo, o protesto organizado pelo Sindicado dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema) contra a PL 4330/04, que regulamenta a terceirização no país, tomou a Ponte das Bandeiras  
A agenda de mobilização prevê ainda atos em São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Curitiba, Teresina e Porto Alegre  
Os atos organizados por centrais sindicais e têm como objetivo marcar posição contra o projeto de lei que regulamenta o trabalho terceirizado no País
Um dos pontos polêmicos do projeto é a liberação de terceirizados para executar atividades-fim da empresa
Manifestantes fecham o km 18 da Rodovia Anhanguera no início da manhã 
 Cerca de 100 pessoas interditam todas as faixas da rodovia. Os manifestantes estenderam bandeiras da liderança dos movimentos e queimaram pneus
Em São Luís, as centrais sindicais interditaram a entrada da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
Os manifestantes protestavam também contra os cortes orçamentários promovidos pelo governo federal
Em Fortaleza, os organizadores informaram que os ônibus do transporte público, que fazem o percurso do centro, pararam. Segundo eles, também não está havendo aula nas escolas públicas municipais.
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Em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, motoristas e cobradores de ônibus da Carris, a companhia municipal, pararam as atividades. O Trensurb, que liga a capital a cidades da região metropolitana, também ficou inoperante.

Em Salvador, Bahia, a movimentação começou logo cedo, com os rodoviários que permaneceram nas garagens por quatro horas e iniciaram as atividades por volta das 8 horas. O resultado foi a aglomeração de passageiros nos pontos do transporte coletivo. A situação só foi normalizada no fim da manhã.

No centro do Rio de Janeiro, cerca de mil pessoas participaram da manifestação. O protesto uniu centrais sindicais, militantes de partidos políticos e movimentos sociais.

A Polícia Militar precisou fazer dois cordões de isolamento e destacar quatro carros para proteger a porta da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), para onde os manifestantes marcharam.

Em meio ao protesto, manifestantes passaram “por cima do cadáver” do presidente da Câmara. A ideia foi da psicóloga Eliana Martins, de 55 anos. “Ele não disse que só passariam leis como a do aborto por cima do cadáver dele? É o que estamos fazendo”, afirmou. Eliana fez um crânio de isopor e o colocou sob uma cruz com a expressão “aqui jaz Eduardo Cunha”.

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, cerca de 150 pessoas protestaram na Praça Maria da Penha, segundo a Polícia Militar. Ao longo do dia, categorias de trabalhadores realizaram manifestações em Betim, Contagem, ambas cidades da Grande Belo Horizonte, e na capital.