Milhares de pessoas voltaram às ruas do País ontem para protestar contra o governo e a presidente Dilma Rousseff, menos de um mês após a manifestação política que reuniu multidões em capitais do País e em São Paulo - quando foi registrado o maior ato no Brasil desde a Diretas-Já, em 1984. Os protestos, desta vez, reuniram um contingente menor de pessoas - cerca de 660 mil, segundo estimativas da Polícia Militar, sendo 275 mil na capital paulista. Em 15 de março, a PM contou quase 2 milhões de manifestantes nas ruas e 1 milhão na Avenida Paulista. Ontem, a via recebeu um público de 100 mil pessoas, segundo o Datafolha, menos da metade da multidão calculada pelo instituto na primeira grande manifestação: 210 mil pessoas.

O número menor de manifestantes já era esperado pelos principais grupos organizadores, que viram frustrada a intenção de atingir um número maior de municípios no Brasil. Os atos registrados em 24 Estados e no Distrito Federal tinham como bandeira principal o “Fora Dilma”. Agora, os movimentos planejam pressionar os parlamentares no Congresso.

Os dois principais adversários da petista em 2014, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), mais uma vez não participaram dos protestos e defenderam os atos por meio de notas. O governo escalou como porta-voz o vice, Michel Temer: “O fato de ter menos gente nas ruas não diminui a importância do alerta que está sendo dado pela população”.