Valmir Amaral está em coma

Correio braziliense, n. 19978, 12/05/2015. Cidades, p. 20

O ex-senador Valmir Amaral, 54 anos, foi transferido no início da manhã de ontem para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O estado dele é grave, mas estável. O empresário sofreu um trauma no crânio e em duas vértebras da coluna cervical e permanece em coma induzido em uma unidade de tratamento intensivo (UTI). Durante a tarde, ele passou por uma reavaliação médica. Valmir sofreu um acidente automobilístico quando saía do festival sertanejo Villa Mix, realizado no fim de semana, no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

O empresário foi levado para o Hospital de Base do Distrito Federal inconsciente e sem responder a estímulos. Porém, segundo a Secretaria de Saúde, no mesmo dia, ele seguiu para o Hospital Brasília, no Lago Sul. Lá, Amaral passou por um procedimento na cabeça e ficou sedado todo o tempo da internação.

Até a manhã dessa terça-feira, o quadro era considerado estável. Familiares do ex-senador teriam acionado o plano de saúde do Senado Federal, mas a informação não foi confirmada.

Valmir Amaral voltava para casa, no Lago Sul, quando, por volta das 5h, colidiu um Smart, da Mercedes Benz, em uma árvore, na 402 Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros, responsável pelo atendimento no local, ele dormiu ao volante. O ex-senador estava sem o cinto de segurança e bateu a cabeça.

Conglomerado
O ex-senador é considerado peça-chave na CPI do Transporte Coletivo de Brasília, recém-criada pela Câmara Legislativa. Na semana passada, ele esteve no Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e fez denúncias consideradas gravíssimas. Amaral deixou o sistema de transporte público da capital federal após a realização da primeira concorrência pública no setor, no ano passado. Contudo, as empresas do conglomerado do ex-senador continuam a operar linhas semiurbanas e interestaduais, no Entorno, em Goiás e em Minas Gerais.

O empresário foi senador entre 1999 e 2007 pelo PTB. Ele era suplente do ex-senador Luiz Estevão. Com a morte do pai, Dalmo Amaral, Valmir assumiu a presidência do grupo, que, durante mais de três décadas, operou o serviço de transporte público na capital federal. O grupo chegou a ter 30 empresas, 15 delas do setor de transporte rodoviário, além de 5 mil funcionários.