Sob os efeitos do panelaço

Correio braziliense, n. 19973, 07/05/2015. Política, p. 5

Paulo de Tarso Lyra

Julia Chaib

Depois de uma terça-feira de insatisfação contra o PT, embalada ao som ritmado de panelas ensurdecedoras, em várias capitais, durante a veiculação da propaganda partidária da legenda na televisão, o partido descobriu que, tão grande quanto o desgaste da presidente, é a rejeição à Dilma Rousseff e ao próprio PT e de que nada adiantou escondê-la para tentar passar uma imagem de normalidade. E a troca de farpas entre aliados, petistas e pessoas próximas à Dilma, ao longo do dia de ontem, mostrou que, no momento, todos ainda estão aturdidos com o bombardeio vindo de todos os lados.
No fim da manhã, circulou a informação de que o Planalto considerara um erro a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda partidária. Pela avaliação, se era natural o desgaste da legenda, não havia razões para expor a principal figura política do partido aos inevitáveis panelaços. A opinião, no entanto, não era unânime no centro do poder. Segundo apurou o Correio, pessoas próximas à presidente acham que a análise partiu de integrantes do governo incomodados com as reclamações feitas por Lula às dificuldades do Planalto em articular-se minimamente para enfrentar a crise e gerar uma agenda positiva para o país. “Nós estamos nas cordas há dois meses, com uma aprovação que oscila entre 12% e 14%”, admitiu um integrante do estafe presidencial, lembrando que seria errado, neste momento, aumentar a exposição da presidente.
Dilma, que decidiu dar uma rápida entrevista na manhã de ontem, tentou colocar panos quentes na crise. “Em alguns outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço não são consideradas normais, mas no Brasil elas são normais, porque nós construímos a democracia. Então, devemos respeitar a manifestação livre das pessoas, ela é conquistada a duras penas”, disse a presidente.
O discurso é simplesmente pró-forma. Dilma desistiu, na semana passada, de fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão no Dia do Trabalho justamente para evitar novos panelaços. O mesmo sentimento de proteção prevaleceu quando ela decidiu não aparecer na propaganda eleitoral do PT, partido ao qual é filiada.

As falhas

Para aliados, o PT conseguiu cometer quatro erros no mesmo dia, que desaguaram no panelaço. Primeiro: o partido não conseguiu fechar questão para votar a Medida Provisória 655 (que altera direitos trabalhistas), fragilizando o ajuste fiscal do governo. Segundo: escondeu a presidente Dilma da propaganda, mas colocou Lula para fazer um discurso forte contra a terceirização, apesar das recomendações do PMDB para que não fosse incisivo na questão.
Além disso, no mesmo programa, diz que o partido — e não o governo — defende os direitos dos trabalhadores, deixando para as demais legendas da coalizão o desgaste de aprovar as “maldades da equipe econômica”. Por fim, não percebeu a manobra do PMDB para colocar em votação a PEC da Bengala. “O PT está vendo a própria máscara cair. A população está percebendo, perplexa, que as bandeiras da legenda hoje diferem completamente do que eles defenderam a vida toda: a ética e os direitos dos trabalhadores”, declarou o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP).

Depois de uma terça-feira de insatisfação contra o PT, embalada ao som ritmado de panelas ensurdecedoras, em várias capitais, durante a veiculação da propaganda partidária da legenda na televisão, o partido descobriu que, tão grande quanto o desgaste da presidente, é a rejeição à Dilma Rousseff e ao próprio PT e de que nada adiantou escondê-la para tentar passar uma imagem de normalidade. E a troca de farpas entre aliados, petistas e pessoas próximas à Dilma, ao longo do dia de ontem, mostrou que, no momento, todos ainda estão aturdidos com o bombardeio vindo de todos os lados.
No fim da manhã, circulou a informação de que o Planalto considerara um erro a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda partidária. Pela avaliação, se era natural o desgaste da legenda, não havia razões para expor a principal figura política do partido aos inevitáveis panelaços. A opinião, no entanto, não era unânime no centro do poder. Segundo apurou o Correio, pessoas próximas à presidente acham que a análise partiu de integrantes do governo incomodados com as reclamações feitas por Lula às dificuldades do Planalto em articular-se minimamente para enfrentar a crise e gerar uma agenda positiva para o país. “Nós estamos nas cordas há dois meses, com uma aprovação que oscila entre 12% e 14%”, admitiu um integrante do estafe presidencial, lembrando que seria errado, neste momento, aumentar a exposição da presidente.
Dilma, que decidiu dar uma rápida entrevista na manhã de ontem, tentou colocar panos quentes na crise. “Em alguns outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço não são consideradas normais, mas no Brasil elas são normais, porque nós construímos a democracia. Então, devemos respeitar a manifestação livre das pessoas, ela é conquistada a duras penas”, disse a presidente.
O discurso é simplesmente pró-forma. Dilma desistiu, na semana passada, de fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão no Dia do Trabalho justamente para evitar novos panelaços. O mesmo sentimento de proteção prevaleceu quando ela decidiu não aparecer na propaganda eleitoral do PT, partido ao qual é filiada.

As falhas

Para aliados, o PT conseguiu cometer quatro erros no mesmo dia, que desaguaram no panelaço. Primeiro: o partido não conseguiu fechar questão para votar a Medida Provisória 655 (que altera direitos trabalhistas), fragilizando o ajuste fiscal do governo. Segundo: escondeu a presidente Dilma da propaganda, mas colocou Lula para fazer um discurso forte contra a terceirização, apesar das recomendações do PMDB para que não fosse incisivo na questão.
Além disso, no mesmo programa, diz que o partido — e não o governo — defende os direitos dos trabalhadores, deixando para as demais legendas da coalizão o desgaste de aprovar as “maldades da equipe econômica”. Por fim, não percebeu a manobra do PMDB para colocar em votação a PEC da Bengala. “O PT está vendo a própria máscara cair. A população está percebendo, perplexa, que as bandeiras da legenda hoje diferem completamente do que eles defenderam a vida toda: a ética e os direitos dos trabalhadores”, declarou o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP).

Depois de uma terça-feira de insatisfação contra o PT, embalada ao som ritmado de panelas ensurdecedoras, em várias capitais, durante a veiculação da propaganda partidária da legenda na televisão, o partido descobriu que, tão grande quanto o desgaste da presidente, é a rejeição à Dilma Rousseff e ao próprio PT e de que nada adiantou escondê-la para tentar passar uma imagem de normalidade. E a troca de farpas entre aliados, petistas e pessoas próximas à Dilma, ao longo do dia de ontem, mostrou que, no momento, todos ainda estão aturdidos com o bombardeio vindo de todos os lados.
No fim da manhã, circulou a informação de que o Planalto considerara um erro a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda partidária. Pela avaliação, se era natural o desgaste da legenda, não havia razões para expor a principal figura política do partido aos inevitáveis panelaços. A opinião, no entanto, não era unânime no centro do poder. Segundo apurou o Correio, pessoas próximas à presidente acham que a análise partiu de integrantes do governo incomodados com as reclamações feitas por Lula às dificuldades do Planalto em articular-se minimamente para enfrentar a crise e gerar uma agenda positiva para o país. “Nós estamos nas cordas há dois meses, com uma aprovação que oscila entre 12% e 14%”, admitiu um integrante do estafe presidencial, lembrando que seria errado, neste momento, aumentar a exposição da presidente.
Dilma, que decidiu dar uma rápida entrevista na manhã de ontem, tentou colocar panos quentes na crise. “Em alguns outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço não são consideradas normais, mas no Brasil elas são normais, porque nós construímos a democracia. Então, devemos respeitar a manifestação livre das pessoas, ela é conquistada a duras penas”, disse a presidente.
O discurso é simplesmente pró-forma. Dilma desistiu, na semana passada, de fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão no Dia do Trabalho justamente para evitar novos panelaços. O mesmo sentimento de proteção prevaleceu quando ela decidiu não aparecer na propaganda eleitoral do PT, partido ao qual é filiada.

As falhas

Para aliados, o PT conseguiu cometer quatro erros no mesmo dia, que desaguaram no panelaço. Primeiro: o partido não conseguiu fechar questão para votar a Medida Provisória 655 (que altera direitos trabalhistas), fragilizando o ajuste fiscal do governo. Segundo: escondeu a presidente Dilma da propaganda, mas colocou Lula para fazer um discurso forte contra a terceirização, apesar das recomendações do PMDB para que não fosse incisivo na questão.
Além disso, no mesmo programa, diz que o partido — e não o governo — defende os direitos dos trabalhadores, deixando para as demais legendas da coalizão o desgaste de aprovar as “maldades da equipe econômica”. Por fim, não percebeu a manobra do PMDB para colocar em votação a PEC da Bengala. “O PT está vendo a própria máscara cair. A população está percebendo, perplexa, que as bandeiras da legenda hoje diferem completamente do que eles defenderam a vida toda: a ética e os direitos dos trabalhadores”, declarou o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP).

Depois de uma terça-feira de insatisfação contra o PT, embalada ao som ritmado de panelas ensurdecedoras, em várias capitais, durante a veiculação da propaganda partidária da legenda na televisão, o partido descobriu que, tão grande quanto o desgaste da presidente, é a rejeição à Dilma Rousseff e ao próprio PT e de que nada adiantou escondê-la para tentar passar uma imagem de normalidade. E a troca de farpas entre aliados, petistas e pessoas próximas à Dilma, ao longo do dia de ontem, mostrou que, no momento, todos ainda estão aturdidos com o bombardeio vindo de todos os lados.
No fim da manhã, circulou a informação de que o Planalto considerara um erro a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda partidária. Pela avaliação, se era natural o desgaste da legenda, não havia razões para expor a principal figura política do partido aos inevitáveis panelaços. A opinião, no entanto, não era unânime no centro do poder. Segundo apurou o Correio, pessoas próximas à presidente acham que a análise partiu de integrantes do governo incomodados com as reclamações feitas por Lula às dificuldades do Planalto em articular-se minimamente para enfrentar a crise e gerar uma agenda positiva para o país. “Nós estamos nas cordas há dois meses, com uma aprovação que oscila entre 12% e 14%”, admitiu um integrante do estafe presidencial, lembrando que seria errado, neste momento, aumentar a exposição da presidente.
Dilma, que decidiu dar uma rápida entrevista na manhã de ontem, tentou colocar panos quentes na crise. “Em alguns outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço não são consideradas normais, mas no Brasil elas são normais, porque nós construímos a democracia. Então, devemos respeitar a manifestação livre das pessoas, ela é conquistada a duras penas”, disse a presidente.
O discurso é simplesmente pró-forma. Dilma desistiu, na semana passada, de fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão no Dia do Trabalho justamente para evitar novos panelaços. O mesmo sentimento de proteção prevaleceu quando ela decidiu não aparecer na propaganda eleitoral do PT, partido ao qual é filiada.

As falhas

Para aliados, o PT conseguiu cometer quatro erros no mesmo dia, que desaguaram no panelaço. Primeiro: o partido não conseguiu fechar questão para votar a Medida Provisória 655 (que altera direitos trabalhistas), fragilizando o ajuste fiscal do governo. Segundo: escondeu a presidente Dilma da propaganda, mas colocou Lula para fazer um discurso forte contra a terceirização, apesar das recomendações do PMDB para que não fosse incisivo na questão.
Além disso, no mesmo programa, diz que o partido — e não o governo — defende os direitos dos trabalhadores, deixando para as demais legendas da coalizão o desgaste de aprovar as “maldades da equipe econômica”. Por fim, não percebeu a manobra do PMDB para colocar em votação a PEC da Bengala. “O PT está vendo a própria máscara cair. A população está percebendo, perplexa, que as bandeiras da legenda hoje diferem completamente do que eles defenderam a vida toda: a ética e os direitos dos trabalhadores”, declarou o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP).