Título: Esporte, uma nova frente
Autor:
Fonte: Correio Braziliense, 15/08/2011, Cidades, p. 18

Quando se candidatou ao governo do DF, Agnelo reunia três condições que lhe davam projeção sobre os demais concorrentes: a formação em medicina, a experiência como ministro do Esporte no governo Lula e o fato de estar fora da Caixa de Pandora, que eliminou boa parte da classe política de Brasília nas últimas eleições. As três características foram bem trabalhadas na disputa pelo GDF. Mas a familiaridade com as questões de Saúde pública tornou-se uma aposta de campanha. A origem como médico contou a favor do candidato Agnelo.

Agora, no entanto, aumenta a pressão sobre o governador, que estimou prazo curto demais para revigorar um paciente, como ele próprio definiu, encontrado em estado terminal. Na saúde, tudo o que se fizer, por maior que seja o esforço, será insuficiente para resolver em pouco tempo um problema estrutural curtido anos e anos no caldo do desleixo e da má gestão. Agnelo não vai abandonar essa causa. Mas sabe que precisa de mais tempo.

Como político, no entanto, ele depende de resultados mais rápidos para marcar posição. É nesse ponto que começa a sobressair o outro lado do petista. A Copa do Mundo, a Copa das Confederações, as Olimpíadas e agora a Universíade são assuntos sobre os quais o governador do DF ganhou expertise como ministro e presidente dos conselhos de língua portuguesa, sulamericano e americano do Esporte e com os quais deve se envolver cada vez mais. (LT)