Cunha agora quer endurecer regras a partidos pequenos via lei eleitoral

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu, nesta sexta-feira, ataques ao projeto de construção do que está sendo chamado de "parlashopping" — um complexo de prédios com gabinetes para deputados e que poderia também abrigar restaurantes, lojas e escritórios particulares.

Na quinta-feira, durante a votação da Medida Provisória (MP 668) no Senado, parlamentares acusaram Cunha de transformar a Câmara num balcão de negócios ao votar emenda incluída do projeto de Parceria Público Privada (PPP) para ampliação do novo prédio da Casa.

Eles disseram que foram inseridos "jabutis" (temas não ligados à proposta original da medida). Ao comentar o caso, Cunha reagiu com irritação e afirmou que o texto foi feito pelo Ministério do Planejamento:

— Quem fala isso (se referindo a um possível veto de Dilma) é presepeiro. Esse texto foi feito pelo Ministério do Planejamento e colocado dentro da lei. Ele será sancionado sim porque foi feito pelo governo. O texto anterior, que foi votado no ano passado, tinha equívocos, que o governo vetou, corrigiu, e mandou o texto que entende que está correto. Essa é a verdade — esbravejou o presidente.

Segundo Cunha, o terreno onde será construído o complexo seria cedido pela Câmara à iniciativa privada que pagaria pela obra em troca da exploração comercial do prédio. O shopping ou complexo de prédios tem orçamento estimado em R$ 1 bilhão, e prevê um estacionamento subterrâneo com 4,4 mil vagas e espaço para aluguel de salas comerciais.

— Ninguém colocou nenhum jabuti. Ninguém quer fazer shopping nenhum. Dizer que é shopping é palhaçada. Ninguém vai pegar a instalação da Câmara e transformar em atividade comercial — esbravejou.