Título: Proteção em xeque
Autor: Mariz, Renata
Fonte: Correio Braziliense, 13/08/2011, Brasil, p. 8

Há versões conflitantes sobre a dispensa da escolta policial que protegeu a juíza Patrícia Acioli entre 2002 e 2007 e um novo suposto pedido de segurança formulado por ela. Enquanto o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) garante oficialmente que a própria magistrada nunca fez qualquer menção à necessidade de receber escolta, o desembargador Rogério de Oliveira Souza disse à agência Globo ter presenciado a magistrada pedir proteção ao então presidente do TJRJ, Luiz Zveiter, há um ano e meio.

Zveiter negou. Atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral, ele afirma que a escolta foi retirada a pedido da juíza quando ele nem era presidente do TJ-RJ. "O que me consta é que ela preferia a segurança do próprio marido, que era policial militar", disse o magistrado, que presidiu o tribunal entre 2009 e 2010.

Atual presidente do órgão, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos foi enfático: "Ela nunca pediu segurança. A segurança foi feita por iniciativa do tribunal", afirmou. Mas familiares contestam a informação. O jornalista Humberto Nascimento, primo da vítima, disse que ela estava sem escolta por determinação do TJRJ. "Houve negligência na segurança dela", criticou a médica Mônica Lourival, prima de Patrícia. (RM)