‘A vida se renova com a experiência’

 

A missa de 90 anos do GLOBO, que reuniu a família Marinho, diretores e funcionários, na Capela Nossa Senhora da Vitória, foi marcada pela emoção. O padre José Devellard disse que o jornal teve e tem importante papel na História do Rio e do país. O cenário foi uma das mais belas capelas da cidade, a de Nossa Senhora da Vitória, localizada dentro da histórica Igreja de São Francisco de Paula, construída entre 1759 e 1800, no largo de mesmo nome, no Centro. E a emoção deu o tom da cerimônia: para comemorar as nove décadas do GLOBO, foi celebrada na manhã de ontem uma missa em que a história da fundação do jornal, em 1925, por Irineu Marinho, e a trajetória do veículo de comunicação ao longo dos anos foram relembradas com orgulho pela família, por diretores, funcionários e ex- funcionários.

ALEXANDRE CASSIANOCelebração. José Roberto ( à esquerda, na primeira fila), Roberto Irineu e João Roberto Marinho na missa celebrada pelo padre José Roberto Devellard na Capela Nossa Senhora da Vitória, no Centro: um tributo a 90 anos de jornalismo

Durante a homilia, o padre José Roberto Devellard citou histórias protagonizadas pelo jornalista Roberto Marinho — que, com a morte do pai, ainda em 1925, herdou o jornal aos 20 anos — e ressaltou que O GLOBO teve e tem importante papel na História da cidade e do país. Compareceram à cerimônia Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, respectivamente presidente e vice- presidentes do Grupo Globo. Também estiveram presentes, entre outros, o diretor- geral da Infoglobo, Frederic Kachar, a diretora- executiva da Unidade O GLOBO, Sandra Sanches, o diretor de Redação, Ascânio Seleme, o diretor de Marketing, André Furlanetto, a diretora de Recursos Humanos ( RH), Selma Fernandes, e o diretor- executivo da Unidade Populares, Maurício Lima.

— Nesta comemoração dos 90 anos, vemos que a vida se renova com a experiência — disse padre Devellard, logo no começo da cerimônia.

Durante a missa, ele revelou que, como os demais leitores do GLOBO, foi surpreendido pela primeira página de ontem, que graficamente reproduziu a edição de 90 anos atrás.

— Hoje ( ontem), ao ver a primeira página do jornal, inicialmente achei que tinha algo errado. Aí vi a criatividade de quem a fez — comentou o padre.

Ao final da cerimônia, João Roberto Marinho falou da emoção da família com a data e do significado da comemoração.

— Comemorações de datas assim são sempre emotivas, mas a maior emoção que nós tivemos foi, ao abrir o jornal de hoje, ver aquela primeira página, feita como se fez o primeiro número, com a aparência do primeiro número. E ver no caderno especial os valores ( do GLOBO), que a gente já conhecia, claro, mas escritos novamente, os valores que regeram a fundação do jornal por meu avô, tão coerentes com nossa trajetória. Percebemos que a gente, ao longo destes 90 anos, vem fazendo exatamente o que ele se propôs a fazer na fundação. Foi muito emocionante — disse.

PROJETO AQUARIUS NA CINELÂNDIA

Sandra Sanches lembrou que a agenda de comemoração dos 90 anos será intensa e diversificada, com apresentações de música, uma exposição de fotojornalismo, debates sobre a evolução do GLOBO e do próprio jornalismo, além do lançamento de e- books.

— A próxima etapa da comemoração é o Aquarius, que vai acontecer na Cinelândia, dia 22 de agosto. Será lindíssimo. Hoje ( ontem) temos uma edição especial do jornal, com toda a história do GLOBO, destes 90 anos. E o Aquarius, com música e um roteiro que está muito bacana, vai relembrar também essa história desde 1925, com o projeto de criação e lançamento do GLOBO e depois o processo de evolução do jornal. Isso vai ser contado num grande concerto em frente ao Teatro Municipal.

Na avaliação de Frederic Kachar, o jornal chegou aos 90 anos porque evoluiu, mas sempre manteve sua essência:

— A gente não pode perder nossa essência, que é produzir um jornalismo imparcial, com muito investimento em reportagem, com apuro estético. É muito importante que a gente entregue nossos conteúdos num formato muito amigável, que a gente encante nossos leitores.

Para Ascânio Seleme, a preocupação de fazer um jornalismo de qualidade resultou numa marca confiável, que se destaca no mercado:

— O que distingue nosso jornalismo é a credibilidade e a qualidade do que a gente faz. O que a gente quer é sempre produzir conteúdo de qualidade com credibilidade, que é o que nos garante um futuro. Notícia de qualidade em primeiro lugar, sempre.

Isa da Mata, assistente- executiva da Redação e funcionária do GLOBO há 42 anos, também foi à missa:

— Gosto de vir porque é uma maneira de agradecer a Deus pelo crescimento da empresa e pelos amigos que fiz no trabalho.

Para o gerente de Contabilidade e Faturamento Márcio Félix, que trabalha há 19 anos no GLOBO, a cerimônia foi um momento de confraternização entre colegas:

— É um orgulho fazer parte da trajetória do jornal.

Mauro Senise ( sax e flauta) e Adriano Souza ( piano) participaram da celebração, tocando músicas de Tom Jobim, Villa- Lobos, Mozart e Bach.

 

Dois leitores das próximas décadas

 

No dia em que O GLOBO completa 90 anos, a história ganha contorno nos nascimentos de dois meninos: Luiz Otávio e João Vicente. Filhos de pais que vivem realidades distintas, eles simbolizam a esperança no futuro para as famílias, que acompanharam com alegria os rebentos se transformarem em notícia.

Luiz Otávio chegou aos 17 minutos do dia 29. Filho do casal Caroline dos Santos Torquato, de 21 anos, e Luiz Carlos dos Nascimento, de 23, o menino nasceu de parto normal com 3,998 quilos e 50 centímetros, no Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Apesar das dificuldades — o pai do bebê está desempregado —, a família acredita que o menino “tem estrela”:

— Afinal, mal abriu os olhos e já ficou famoso — disse a mãe coruja.

No outro extremo da cidade, na maternidade Perinatal, na Barra da Tijuca, a felicidade ganhou o nome de João Vicente. O bebê de 2,79 quilos e 46 centímetros é filho da servidora pública Ana Paula Braga, de 34 anos, e de Carlos Eduardo Silva Gonçalves, de 36, que cortou o cordão umbilical do filho, que por pouco não se chamou Samuel. A escolha, no entanto, não agradou aos parentes, e o jeito foi optar pelo nome composto, como os pais.

— Estava programado para ele nascer no dia 28, mas o médico estava em uma cirurgia em outro hospital e acabou atrasando. Não teve jeito, o destino era ele nascer no dia do aniversário do GLOBO — divertiu- se Ana Paula. — Agora ele vai ter sua história registrada no jornal. É uma recordação que vamos guardar para sempre.

A mãe diz que sempre achou que teria um menino. No entanto, para não correr riscos, o quartinho do bebê, no bairro de Maria Paula, em Niterói, onde o casal mora, foi pintado de verde claro. A tonalidade, segundo os pais, é uma “tentativa de manter a calma que o filho teve durante toda a gestação”. No berçário, porém, logo após o parto, João Vicente era o único que mexia as mãozinhas e pezinhos insistentemente, e se esforçava para abrir os pequenos olhos, enquanto o pai e alguns parentes o admiravam orgulhosos pelo vidro.

 

Poeta comemora 90 anos como leitora fiel do GLOBO

 

Naquela quarta- feira, 29 de julho de 1925, às 18h, a primeira edição do GLOBO ganhava as ruas do Rio. Na mesma data e horário, numa casa em Vila Isabel, a boa notícia para a família Sant’Anna era o nascimento de Maria da Glória Garcez, que chegava ao mundo para testemunhar as mudanças das décadas que viriam a seguir, sempre noticiadas pelo jornal. Aos 90 anos, completados ontem e comemorados com um jantar com a família, ela destaca a importância do veículo na sua vida e em sua formação de poeta e artista plástica.

— O jornal faz parte da minha história. Desde a sua fundação, meu pai leu O GLOBO. Todos os dias tenho que folhear pelo menos algumas colunas, como a do Ancelmo Gois, para começar bem a minha rotina — conta Glória que, em 1997, lançou um livro de poemas.

Ela conta que é uma fiel leitora do GLOBO que conheceu ainda criança — o impresso. Para ela, ler o jornal na internet não tem a mesma graça.

— Gosto de ver as palavras impressas, o design do jornal. É algo que me encanta desde pequena, antes mesmo de aprender a ler — comenta ela, que fez, para os 90 anos do GLOBO, uma camiseta com a capa do jornal impressa.

Com tantos anos de história, Glória diz que a notícia que mais a marcou foi o ataque ao World Trade Center, em 2001.

 

Construção em família

 

Opequeno Rogério tinha 6 anos. O clima na casa da Rua Haddock Lobo, na Tijuca, era de luto, com a mãe e os quatro irmãos mais velhos se alternando entre o choro e a tentativa de resolver questões práticas que sempre aparecem em situações como aquela. O pai, Irineu Marinho, acabara de morrer, na banheira, vítima de um infarto. Seu corpo foi levado para a cama de casa, e a agitação só crescia.

JOSÉ SANTOS/ 3- 12- 1958União. Os irmãos Ricardo ( à esquerda), Rogério ( ao centro) e Roberto Marinho, na Redação do GLOBO: os três filhos de Irineu Marinho ocuparam juntos a direção do jornal a partir de 1952

Rogério, então, com a sabedoria típica da infância, se aproximou do corpo do pai e disse: “Faz cosquinha no pé dele que ele acorda”.

O dia era 21 de agosto de 1925, e Irineu Marinho, jornalista que havia fundado O GLOBO 23 dias antes, não acordou. Assim, deixou para a mulher, Francisca Pisani, e para os filhos Roberto, Heloísa, Ricardo, Hilda e Rogério a responsabilidade de cuidar de seu legado: um jornal independente numa cidade que contava com 22 publicações diárias e que, passados 90 anos, mantém vivo o sonho de seu fundador.

Com a morte de Irineu, os três filhos homens foram, cada um a seu tempo, se juntando ao GLOBO. O mais velho, Roberto Marinho, tinha 20 anos e já trabalhava no jornal, mas só assumiu a direção em 1931, aos 26 anos. Os mais novos vieram na sequência, ambos a convite de Roberto: Ricardo começou em 1933, quando tinha 24 anos, e Rogério veio para O GLOBO em 1937, perto de completar 18.

FURO NO CRIME DO SACOPÃ

Ambos os irmãos mais jovens cursaram no Rio a Faculdade de Direito antes de se tornarem jornalistas de facto na Redação do GLOBO — naquele período, ainda não havia curso superior de Jornalismo no Brasil. Nos primeiros anos, Rogério ( nascido em 15 de maio de 1919) e Ricardo ( 8 de abril de 1909) foram repórteres no jornal comandado por Roberto Marinho.

Suas trajetórias foram parecidas. Ricardo fazia coberturas políticas na Câmara dos Deputados e no Palácio do Itamaraty, ambos localizados no Rio, então capital brasileira. Rogério também foi um repórter mais voltado para a política, mas teve atuações notáveis em outras áreas. Ele foi responsável por um furo numa das coberturas policiais mais célebres do Rio, o Crime do Sacopã. Rogério descobriu e relatou no jornal como foi o momento em que a estudante Marina Costa, de 17 anos, revelou que seu noivo, o bancário Afrânio Arsênio de Lemos, de 31 anos, havia sido assassinado na Ladeira do Sacopã, na Lagoa, em abril de 1952.

“Esse foi um furo do GLOBO. O assassino fora o tenente Bandeira, e o crime foi uma das histórias policiais mais dramáticas e famosas da década de 50”, contou Rogério, numa entrevista em 2005.

Depois da reportagem, tanto Ricardo quanto Rogério fizeram parte da equipe de copidesque do jornal. O termo, um jargão editorial que caiu em desuso, representa o trabalho de revisar, checar e melhorar um texto antes de sua publicação. No GLOBO, a função do copidesque foi desenvolvida por Ricardo, que passou nove meses entre 1944 e 1945 na Universidade do Missouri, nos EUA, para um curso de aperfeiçoamento do jornalismo. Na volta ao Brasil, ele aos poucos foi mostrando as técnicas do trabalho para os companheiros do GLOBO, incrementando a qualidade do que era publicado.

Enquanto isso, Rogério atuava em outras frentes. Em 1938, ainda aos 19 anos de idade, foi o Marinho caçula que deu a ideia para a criação do famoso Bonequinho, o símbolo gráfico que acompanha as críticas de cinema publicadas pelo jornal — os primeiros traços do Bonequinho foram idealizados pelo chargista Luiz Sá e atualizados apenas na década de 1970, pelo ilustrador Marcelo Monteiro, no GLOBO até hoje.

Rogério foi, ainda, ao lado de Pedro Motta Lima, o editor das 37 edições do GLOBO Expedicionário, suplemento que o jornal enviou para os pracinhas brasileiros que lutaram na Itália, na Segunda Guerra Mundial, contra as forças fascistas. Também foi Rogério quem, na década de 1950, estabeleceu convênios com universidades para levar para a Redação seus primeiros estagiários. Outra inovação do irmão mais novo dos Marinho foi a publicação de artiguetes opinativos ao lado das notícias, prática que o jornal mantém até os dias atuais.

Em paralelo a seus trabalhos no GLOBO, Ricardo e Rogério tiveram interesses diversos e atuações destacadas na sociedade brasileira. Apaixonado pela obra de Shakespeare e entusiasta da literatura inglesa, Ricardo foi por quase 20 anos presidente do Conselho da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa. Em fevereiro de 1976, ele foi condecorado com a Ordem do Império Britânico, com grau de comendador, pelo então embaixador do Reino Unido no Brasil, Dereck Dodson.

Já Rogério desenvolveu uma preocupação ecológica num tempo em que, diferentemente de hoje, pouco se falava sobre aquecimento global e desmatamento. O jornalista foi membro do Conselho Deliberativo da Fundação Brasileira pela Conservação da Natureza entre 1975 e 1987 e membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente a partir de 1986, por nomeação do então presidente José Sarney.

Ricardo morreu em 11 de fevereiro de 1991, vítima de infarto no miocárdio, aos 81 anos. Na ocasião, ele ocupava o cargo de diretor- secretário do GLOBO. Rogério Marinho, por sua vez, morreu em 25 de julho de 2011, aos 92 anos, de insuficiência respiratória aguda, quando era vice- presidente da Infoglobo.

Muitos anos antes, em 8 de abril de 1952, O GLOBO publicou em sua primeira página uma notícia que uniu para sempre os irmãos no sonho de jornal de seu pai. O texto lembrava que Roberto Marinho já exercia por mais de 20 anos a direção do jornal e relatava as promoções de Ricardo a diretor- secretário e de Rogério a diretor- substituto do GLOBO. Dizia o título: “Os três filhos de Irineu Marinho na direção do GLOBO”.

 

No Engenho Novo, uma rua que parece estacionada no tempo

 

A Rua Vinte e Quatro de Maio, no Engenho Novo, que foi tema de reportagem de capa da primeira edição do GLOBO, em 1925, por causa de uma cratera, hoje continua abandonada e tem até cracolândia. “Aquelle buraco que era o mal dos nervos de toda a gente que passava à beira, ali, no Engenho Novo” — como noticiado na capa da primeira edição do GLOBO, em 29 de julho de 1925, sob o título de “A cidade esburacada” — não está mais lá, na atual Rua Vinte e Quatro de Maio. Dessa forma, o jornal já mostrava sua preocupação com os problemas da população carioca. Nove décadas depois, a precariedade de serviços continua parecida.

ANTONIO SCORZAMau estado. Rua 24 de Maio: sem a cratera mostrada no GLOBO em 1925 ( ao lado), mas ainda abandonada

A reportagem mostrava a já complicada relação entre a prefeitura e as concessionárias para definir as responsabilidades de cada uma sobre os buracos abertos no Rio. O texto informava que o local se transformara numa perigosa cratera que estava em obras havia mais de um ano, em razão da falta de acordo entre as partes para a conclusão do serviço. Depois de ouvidos todos os órgãos envolvidos sobre os motivos de o trabalho não ter sido concluído, o jornal decidiu fazer o que nenhuma autoridade havia feito até ali: na noite da véspera do lançamento de sua primeira edição, O GLOBO tapou provisoriamente o buraco com “pranchões fortes” e deixou no local a placa comemorativa de seu pequeno serviço à população.

CRACOLÂNDIA: O NOVO MAL

De lá para cá, foram inúmeras as edições que denunciaram buracos pela cidade, pressionando o poder público a fazer a sua parte. Passados 90 anos, naquele mesmo ponto “entre os trilhos dos bondes e o leito da Central”, cresceu a Rua Vinte e Quatro de Maio, onde ainda funciona a Escola Municipal Sarmiento. E, como naquele tempo, junto à calçada da estação de trem, um novo buraco se abriu e, junto a ele, instalou- se uma cracolândia, o novo “mal dos nervos de toda a gente que ainda passa por ali”.

— Quando nasci não havia mais este buraco. E nem a placa, mas lembro muito bem dos bondes e da vida tranquila que havia aqui. Eu não morava no Engenho Novo, mas pegava o bonde 68, que tinha um ponto ali na Barão de Bom Retiro, e vinha para cá jogar futebol, em um dos oito campinhos que havia do outro lado da estação. Hoje, ali fica a Favela do Rato Molhado. O Engenho Novo está abandonado, quase nada mais funciona por aqui — contou Walter Gomes, nove anos mais novo que o jornal.

Outro morador, que pediu para não ser identificado, reclamou da presença de viciados à noite.

— A cracolândia ainda funciona até de madrugada, mas agora está esvaziada. Eles ficavam escondidos atrás da mureta para atacar quem passava pelo local. Ela foi derrubada, mas ficaram os escombros — contou.

Os buracos continuam sendo um problema recorrente na cidade. Só no primeiro trimestre de 2015, foram feitas 2.074 solicitações ao serviço de tapa- buracos. O que vem mudando nos últimos 90 anos é o comportamento da população. O número de processos pedindo indenizações levou o Tribunal de Justiça ( TJ- RJ) a criar jurisprudência para “queda em via pública”.

Em maio passado, por exemplo, a Quinta Câmara Cível confirmou uma sentença de primeiro grau, condenando a prefeitura a pagar R$ 15 mil a uma mulher que fraturou a perna ao cair num buraco aberto por uma obra em frente à sua casa. A jurisprudência do Tribunal de Justiça entende que “restando comprovados o nexo causal e o dano moral decorrentes de queda em buraco, em virtude da má conservação da via pública, responde objetivamente a municipalidade, devendo indenizar a vítima”.

 

 

As homenagens dos leitores

 

“Em seus 90 anos de história, O GLOBO se tornou padrão de bom jornalismo para todo o Brasil. Isso em razão do trabalho esmerado iniciado por Irineu Marinho e, depois, consolidado pelo tino empresarial e pela visão de Roberto Marinho, cujos elevados padrões profissionais são marca fundamental na produção de notícia no Brasil. Alguns dos melhores profissionais do país passaram pela Redação do jornal, que, ainda hoje, mantém essa tradição com uma equipe de primeiríssima linha: repórteres, colunistas e colaboradores sempre capazes de surpreender o leitor e incomodar a concorrência. Crítica e informação de qualidade sempre em primeira mão no jornal impresso e no site da internet. O GLOBO realizou, em sua longa trajetória, coberturas memoráveis, interpretou corretamente períodos históricos, mostrou novas tendências, narrou conquistas inesquecíveis e cobriu tragédias de forma equilibrada. É leitura obrigatória para todo brasileiro bem informado e passou a traduzir não só o espírito carioca para toda a nação, mas a brasilidade para todo o mundo. Toda essa história e imensa tradição são cultivadas hoje pelas mãos firmes e talentosas de José Roberto, João Roberto e Roberto Irineu, além dos bisnetos e netos de Irineu e Roberto Marinho. Parabéns ao GLOBO pelos seus 90 anos de conquistas diárias para o jornalismo brasileiro.”

Michel Temer,

vice- presidente da República “O que importa para nós, leitores, é o papel que um jornal ocupa em nossas vidas. Para mim, O GLOBO tornou- se um filtro qualificado de arbitragem entre o que é relevante e o que não é. É um jornal que sabe separar, com competência e rigor, o que pode mudar tendências e criar novas influências na opinião pública daqueles assuntos triviais e passageiros. Esse é um dos segredos para se chegar aos 90 anos, como está escrito, hoje ( ontem), na edição comemorativa, com a memsa vitalidade de sua fundação. Outro segredo é que o jornal se faz com jornalista. É ele quem sabe direcionar e diferenciar. E, nisso, O GLOBO possui talentos de referência no mercado brasileiro. A discussão sobre o futuro do jornal impresso está muito centralizada no modelo de negócio. Somente o jornalista consegue produzir informação na medida certa. Nossos cumprimentos, neste momento tão especial, a todos que participam dessa heroica jornada de produzir um jornal impresso todos os dias.”

Luiz Carlos Trabuco Cappi, diretor- presidente do Banco Bradesco S. A. “A edição de hoje ( ontem) do GLOBO, comemorativa aos 90 anos do jornal, é um material histórico que deve ser guardado para as futuras gerações. Mostra como se desenvolveu um jornalismo de qualidade e de imparcialidade. Parabéns a todos que fizeram e os que contam a história pelas páginas do GLOBO nestes 90 anos.”

Edinho Araújo, ministro- chefe da Secretaria de Portos ( SEP) “Parabéns aos 90 anos do jornal O GLOBO. Meus cumprimentos à direção e a todos os funcionários deste que é um dos maiores e mais tradicionais veículos de comunicação do Brasil.”

Carlos Sampaio, deputado federal e líder do PSDB na Câmara “Parabenizamos equipe e leitores do GLOBO pela passagem dos seus 90 anos. Durante todo esse tempo, em meio às transformações sociais, políticas e econômicas do país, o jornal não perdeu sua essência. Esteve presente nos momentos mais marcantes da trajetória do Brasil e de seu povo. Sempre contribuiu de forma isenta e fiel no relato dos fatos, guardando para sempre, em suas páginas, a História do país.”

Hugo Leal,

deputado federal ( PROS/ RJ) “Os 90 anos do jornal O GLOBO são motivo de alegria também para nós, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Nestas nove décadas, diversos julgamentos e processos de interesse público receberam destaque em suas páginas. A imprensa e o Poder Judiciário exercem funções essenciais ao fortalecimento da cidadania e à construção da ordem democrática. Desejamos ainda mais sucesso para os próximos 90 anos.”

Luiz Fernando de Carvalho,

presidente do TJRJ “Em nome da Unilever Brasil, parabenizamos toda a equipe do GLOBO pelos 90 anos. É uma data histórica não apenas para o jornal, mas para todo o Brasil. Nesta data, celebramos com vocês o excelente trabalho realizado ao longo desta trajetória quase centenária. Uma história vencedora, que fez do jornal, desde a sua fundação, um dos mais influentes do Brasil. A publicação soube se renovar e se adaptar às profundas mudanças pelas quais o país e o mundo passaram ao longo dessas nove décadas, mas também soube preservar a sua essência. Um jornal ético, plural e comprometido com a notícia. O que só é possível com uma equipe preparada e empenhada em fazer a melhor edição todos os dias, dia após dia, ano após ano. Não à toa a publicação se tornou uma das mais antigas do Brasil, mantendo a relevância e a credibilidade. Contem conosco para fazer parte desta história de sucesso.”

Fernando Fernandez,

presidente da Unilever Brasil Antonio C. Prataviera Calcagnotto, vice- presidente de Assuntos Corporativos da Unilever Brasil “Em nome da Helibras cumprimento a diretoria e toda a equipe de profissionais do GLOBO, pela comemoração dos 90 anos do jornal. As nove décadas consolidam uma trajetória marcada pelo seu pioneirismo no jornalismo brasileiro e pelo protagonismo exercido pelo jornal no processo de transformação da comunicação do país que merece todo o nosso reconhecimento.”

Eduardo Marson Ferreira, presidente da Helicópteros do Brasil ( Helibras) “Parabéns ao GLOBO pelo aniversário. Sucesso!”

Eduardo Schaeffer,

presidente do Zap Imóveis “Parabéns pelos 90 anos! É muito bom comemorar essa longevidade em tempos de liberdade de expressão — conquistada a duras penas. Longa vida aos jornais, um brinde ao GLOBO!”

Judith de Brito diretora- superintendente do Grupo Folha e vice- presidente da Associação Nacional de Jornais ( ANJ) “Em nome do time da globo. com, parabéns pelos 90 anos do GLOBO e desejos de muito sucesso!”

Juarez Queiroz,

diretor- geral da globo. com “Para mim, O GLOBO teve participação ativa em todos os dias na minha casa, em meus 45 anos de vida, começando com as páginas que eu amassava quando bebê e os quadrinhos que meus pais liam para mim e que eu eventualmente comecei a ler sozinho. Migrei para as colunas esportivas, que me trouxeram muitas alegrias e, recentemente, mais dissabores com meu Vasco; mergulhei no Segundo Caderno, onde acumulei grande parte do conhecimento cultural que sempre me trouxe prazer e acabou virando objeto de trabalho; e, enfim, passei a ler economia e política que me mostraram o nosso Brasil de verdade. Hoje, é meu filho bebê que amassa páginas todas as manhãs. Sem falar nos carros que comprei, nos apartamentos que visitei, nos restaurantes e bares que descobri com a ajuda do GLOBO. Parabéns ao jornal e a toda a equipe, em meu nome e de toda a Som Livre.”

Marcelo Soares,

presidente da Som Livre “Parabéns pelos 90 anos! E, também, meu agradecimento por tudo que O GLOBO me proporcionou ao longo da minha vida.”

Marco Antonio Vieira Souto,

vice- presidente da Artplan “Maravilhosa a capa do GLOBO de hoje ( ontem). Meus filhos adoraram ver como eram os jornais, antigamente. Muito boa a forma de chamar a atenção para os 90 anos do jornal. Não dá para passar desapercebido.”

Gabriela Wolthers, diretora- geral do Rio da FSB Comunicação “Acompanho com emoção as celebrações dos 90 anos do GLOBO. Parabéns a todos que o mantêm vivo, inovador e cada vez melhor.”

Tereza Cruvinel,

jornalista “Parabéns pelos 90 anos do GLOBO, que já conta com mais de 29 mil edições desde sua fundação! Um número tão expressivo quanto o dinamismo do veículo que se reinventa a cada dia, e reafirma sua posição como leitura obrigatória. Desejamos outros 90 anos de sucesso!”

João Rodarte,

presidente da CDN “A Chemtech parabeniza O GLOBO pelos 90 anos de sucesso. Parabéns pelo belo trabalho e que o jornal continue levando informação e serviços de qualidade a toda a população. Nossos sinceros votos de prosperidade. Que venham os próximos 90 anos!”

Bianca Bozon Moreira Talassi, coordenadora de Comunicação & Marketing “A edição de hoje ( ontem) do GLOBO nos leva a uma viagem no tempo. Pena que vivi apenas 50 destes 90 anos de um veículo que jamais precisou usar este novo termo: reinventar. O que foi feito foi apenas atender ao desejo de novas gerações de leitores que foram entrando no meio da história daquele que me acordava todos os dias. Cada leitor deve ter a sua mania. A minha é ter duas assinaturas. Somente eu posso tocar pela primeira vez o meu. O outro é para minha esposa e filhos. Mania, neurose? Provavelmente sim, mas saudável. Temos a obrigação de ajudar vocês a pensarem como substituir os anunciantes dos produtos. Não quero mais que a minha assinatura do jornal em papel me permita abrir o jornal no tablet, ou que acesse as atualizações do site. Quero pagar mais por ambos. Sei lá, vamos pensar juntos. Precisamos de vocês!”

Sergio Cortes

Rio “Parabéns pelos 90 anos e muitos mais pela frente.”

Paulo Ferraz

Rio “Parabenizo O GLOBO pelos seus 90 anos de existência. Um jornal sério, inovador e, acima de tudo, democrático, que permite a qualquer leitor comentar, emitir opiniões, muitas vezes contrárias, e elas serem publicadas, por exemplo, na página “Dos leitores”. Esta interação leitor/ redação faz bem, não só para a democracia, mas para a credibilidade de um jornal que, de acordo com seus princípios editoriais, se propõe a ser independente, apartidário, laico e a praticar um jornalismo que busque a isenção, a correção e agilidade. Parabéns!”

Paulo Rinaldo Fonseca Franco

Rio "Além do apoio aos cumprimentos feitos por personalidades e representantes de empresas e instituições dirigidas ao GLOBO pelos 90 anos da sua fundação, gostaria de fazer duas observações em relação à data escolhida para a primeira edição, uma quarta- feira, exatamente no mesmo dia em que completaria 90 anos de existência. A outra seria o fato de a circulação começar no meio da semana, o que pode ser interpretado, como uma metáfora, de que haveria espaço para os dois lados do mundo político. É verdade que neste momento — não sendo favorável na economia —, haja mais críticas a quem esteja no poder, mas nem por isso deixam de ser publicados artigos e cartas favoráveis ao Planalto.”

Hiram de Moura Rodrigues

Rio “Parabéns ao GLOBO pelos 90 anos de informações diárias com lisura, ética e alto nível de informação global. Sempre inovando para nivelar a imprensa internacional. Quem lê jornal com conhecimento próprio e independência sabe muito mais. A Terra gira e O GLOBO informa.”

Francisco da Silva Carvalho

Niterói, RJ “Com indisfarçável avidez, há quase duas décadas leio O GLOBO. E o farei enquanto puder. Ler o jornal, em papel, ocupa primordial importância em minha vida. É uma forma de cidadania atualizar- se com qualidade. Por isso, sem cerimônias, também me sinto homenageado nesta data. Devorando suas matérias, tornei- me parte de uma formidável megaempresa de comunicação. Como milhões de outros brasileiros. Que Deus abençoe a todos os profissionais do jornal.”

Paulo Frederico Soriano Dobbin

Rio “Minha homenagem pelos 90 anos do GLOBO. São nove décadas de total credibilidade, transparência e imparcialidade, levando diariamente, com competência e maestria, o melhor da informação à nossa sociedade. Que venham mais 90 anos ao que é considerado um dos mais importantes veículos de comunicação deste país.”

Reinaldo Pereira Barreto

Rio das Ostras, RJ “Parabéns ao GLOBO por, nestes 90 anos, participar com bravura e brasileirismo do nosso amado país.”

Raimundo Grossi

Rio “O primeiro chegou até nós quando eu não tinha rugas ou cabelos brancos. Nos 30 anos que envelheceram conosco, ele nos acalentou como bom companheiro de manhãs, e imprescindível, o reconhecemos cada vez melhor. Feliz 90 anos!”

Martha Beatriz R. Arnesen

Rio “Com tanta coisa ruim que vemos e ouvimos em nossos dias, vamos festejar o que temos de bom. Apesar das ditaduras e dos regimes ditos democráticos, O GLOBO de Irineu Marinho, de seus filhos e seus netos continua vivo. Fez 90 anos. Lembro de quando criança, quando meu pai trazia o jornal. Era uma diversão total. As crianças, com as histórias em quadrinhos; meu pai, com o futebol e a política; e minhas avó e mãe, com as finuras femininas. Que O GLOBO viva mais 90 anos. Ele merece!”

Euzebio Simões Torres

Rio