A presidente Dilma Rousseff indicou o desembargador Marcelo Navarro Dantas, nascido no Rio Grande do Norte, para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Recife), ele estava na segunda posição na lista tríplice elaborada pelo STJ; sua indicação contou com apoio maciço dos governadores e de outros políticos do Nordeste, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro do Turismo, Henrique Alves.
— A indicação é qualificada e honrará o STJ — disse Alves.
A indicação de Navarro contou também com a simpatia do presidente do STJ, Francisco Falcão. O fato de ser o único nordestino na lista fez com que os políticos da região se unissem pela indicação. Joel Ilan Paciornik e Fernando Quadros eram os outros dois desembargadores na lista tríplice. Ambos são do Paraná, estado que foi contemplado com a última indicação para o Supremo, a do ministro Luiz Fachin.
Segundo aliados de Renan, Navarro tinha o apoio do ministro Humberto Martins, alagoano de quem Renan é amigo. Além disso, o senador estaria pleiteando para um aliado a vaga que será aberta no TRF da 5ª Região. Numa tentativa de negar influência na indicação, Renan disse que compete “privativamente ao presidente da República a indicação de autoridades para compor tribunais superiores”.
Navarro será sabatinado pela CCJ do Senado e precisará ser aprovado no plenário da Casa.