No PT, abraço e flores

Com a presença dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Defesa) e de diversos parlamentares, cerca de 500 pessoas promoveram ontem um abraço simbólico ao Instituto Lula, em São Paulo, organizado pelo Diretório Municipal do PT. Foi um ato de repúdio à bomba atirada no local, na semana passada.

MICHEL FILHOManifestação. Acompanhado de Marisa, Lula joga flores brancas e vermelhas pela janela do Instituto Lula

Acompanhado da mulher, Marisa Letícia, Lula foi à janela do instituto e atirou rosas brancas e vermelhas sobre os manifestantes que se aglomeravam em frente ao portão. Enquanto isso, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, gritava palavras de ordem em apoio ao ex-presidente e à presidente Dilma Rousseff.

Os ministros aproveitaram a ocasião para rechaçar a discussão em torno do impeachment de Dilma.

— Não tem nada efetivamente de ilegalidade, que sustente um impedimento. Impedimento não pode ser político. As contas de Dilma estão respaldadas na jurisprudência do Tribunal de Contas, na normatização do Banco Central. Se houver mudança de regra ou norma, que mude para contas futuras. Não acredito em análise política do TCU — avaliou Wagner em uma menção às “pedaladas fiscais” que poderiam dar ensejo ao pedido de impeachment.

Os petistas descartaram que exista no governo um movimento pela realização de uma reforma ministerial. O ministro Edinho Silva negou qualquer possibilidade de que Lula assuma um ministério do governo da presidente:

— Mesmo fora do governo ele ( Lula) ajuda, como tem ajudado até agora.

Mercadante chegou depois de iniciada a manifestação e depois almoçou com o ex-presidente.