Título: União nos rincões
Autor:
Fonte: Correio Braziliense, 12/09/2011, Política, p. 4

Se a particular conjuntura em Minas, que tem um governo tucano, contribui para o cálculo pragmático de prefeitos que buscam atrair para as suas cidades mais investimentos públicos, pelo país há contextos em que petistas e tucanos se unem para derrotar grupos tradicionais fincados em diversos rincões. Em Pombal, no sertão paraibano, a 371 km de João Pessoa, eles se uniram pela primeira vez em 2008 para enfrentar o PMDB. A prefeita Pollyanna Dantas Werton (PT) e o seu vice, Geraldo Arnauld (PSDB), fazem pIanos para reeditar a chapa no ano que vem. Viúva do ex-prefeito Jairo Feitosa (PT), Pollyana e os aliados se viram expulsos da prefeitura municipal quando o seu marido morreu, em 2007. Assumiu o vice do PMDB, Ugo Ugolino, com quem Jairo Feitosa já havia rompido relações antes de morrer. A animosidade local entre o PT e o PMDB determina, inclusive, os apoios estaduais. Como nas eleições de 2010 para o governo da Paraíba o PT compôs a chapa com o PMDB, Pollyana e o vice tucano optaram pela candidatura de Ricardo Coutinho (PSB), cujo vice é Rômulo Gouveia (PSDB).

Autorização

Para enfrentar o PMDB, petistas e tucanos estão igualmente juntos em Candiota, município do Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com o Uruguai. Em 2008, depois de reiteradas derrotas ao governo municipal, os dois partidos ampliaram o arco de alianças, trazendo também o PTB, o PSB e o PSC. "Foi uma questão restrita à conjuntura local. Precisávamos de força para vencer a eleição", explica Luiz Carlos Folador (PT), prefeito municipal. "Deu certo e, no ano que vem, vamos submeter o pedido de autorização aos diretórios para repetirmos a chapa", acrescenta. (BM)