Título: O recomeçar dos catarinenses
Autor: Filizola, Paula
Fonte: Correio Braziliense, 12/09/2011, Brasil, p. 6

TRAGÉDIA

A chuva e os moradores apostam nos governos estadual e ferderal para retomar a vida

Integrantes da Secretaria Regional de Blumenau e da Secretaria de Estado da Infraestrutura de Santa Catarina (SC) reuniram-se, na tarde de ontem, para avaliar os prejuízos causados pelas fortes chuvas na região do Vale do Rio Itajaí, na última semana. Segundo o secretário da infraestrutura, Valdir Cobalchini, esse trabalho de diagnóstico será a base do governo catarinense para pedir o apoio federal na reconstrução das cidades afetadas pelas enchentes. Hoje, os R$ 30 milhões repassados pelo Ministério da Integração Nacional estarão disponíveis. E os prefeitos anunciaram que querem que a verba seja liberada direto para os municípios, sem intermediação do estado, porque eles temem a demora e a burocracia na liberação do dinheiro, como ocorreu em 2008. O grupo da secretaria, em parceria com algumas autoridades locais também vai coordenar as ações emergenciais. A primeira delas é desobstruir estradas. No boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Estadual, ainda há 15 pontos nas rodovias que apresentam problemas. "As prefeituras não têm condições de arcar com o prejuízo sozinhas. Até mesmo o apoio do governo estadual será pouco. Por isso, secretaria vai oferecer apoio técnico para que eles (os prefeitos) formulem relatórios para apresentarmos ao governo federal", afirmou Cobalchi Para atender as demandas iniciais, o governo catarinense liberou cerca de R$ 12 milhões. Segundo o diretor de Prevenção da Secretaria Estadual de Defesa Civil, major Emerson Emerirn, essa primeira fase é de prestar assistência e socorro. "Conforme as águas estão baixando, vamos distribuir materiais de limpeza para os moradores iniciarem a descontaminação das casas que foram alagadas. Somente em um segundo momento, poderemos avaliar os estragos de infraestrutura causados pelas chuvas." Cidades como Rio do Sul ainda estão com boa parte dos bairros o debaixo d"água. Apesar do grande número de prejudicados, a Defesa Civil pediu que outras regiões do Brasil não enviem donativos. Segundo eles, as doações devem vir de cidades próximas a fim de evitar um problema de armazenamento e logística, já que os resgates de pessoas estão sendo feitos por helicópteros e os veículos disponíveis estão a postos para transportar água e cestas básicas por terra até os locais afetados. A ideia é que o vizinho ajude o seu vizinho. Assim, não há problema de transporte", ponderou o major Emerson.