Título: Desemprego fica em 6%
Autor: Abreu, Diego
Fonte: Correio Braziliense, 23/09/2011, Economia, p. 12

Apesar da forte desaceleração da economia e do cenário externo desfavorável, o número de pessoas à procura de emprego no Brasil continua no menor patamar histórico. Em agosto, a taxa de desemprego se manteve em 6%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 1,4 milhão de brasileiros em busca de uma vaga. O índice é o menor para o mês desde 2002, quando começou a série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). À época, o indicador media 11,7%. Em agosto do ano passado, ele foi estimado em 6,7%.

Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa do IBGE, destacou que a melhoria no nível de emprego foi puxada por áreas como a construção e o comércio. Somados, os segmentos contrataram 250 mil pessoas somente entre julho e agosto. "Os resultados positivos refletem o cenário macroeconômico. Outra mudança é que, com a atividade aquecida, as pessoas têm deixado o emprego doméstico para ir para as indústrias", afirmou.

Rendimento Das seis regiões metropolitanas analisadas, Salvador teve o pior índice, de 8,9%, seguido de Recife (6,7%), São Paulo (6,3%), Porto Alegre (5,2%), Rio de Janeiro (5,1%) e Belo Horizonte (4,8%). O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.629,40) apresentou alta de 0,5% em comparação com julho. Ante agosto do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 3,2%.

A economista Marianne Hanson, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), estimou que a taxa média de desocupação feche o ano em 5,9%, ante os 6,7% apurados no ano passado. "O resultado será puxado pelas contratações de fim de ano, quando o índice deve ficar abaixo de 5%. A partir de janeiro, ele deve voltar a subir", projetou.