Título: SPC e Serasa se unem
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Fonte: Correio Braziliense, 23/08/2011, Economia, p. 14

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Serasa Experian anunciaram um acordo de compartilhamento de seus bancos de dados. A parceria permitirá que as duas maiores empresas de análise de crédito do país possam ter acesso mútuo às bases de informações de pessoas físicas e jurídicas, como hábitos de consumo, inadimplência, limites de crédito, entre outros. O lojista que for associado a uma das empresas terá à disposição registros de mais de 150 milhões de consumidores, além de 400 mil inscrições empresariais. As companhias negam, mas analistas de mercado afirmam que esse é o primeiro passo para uma futura fusão.

Na versão oficial, o objetivo do convênio é dar maior segurança ao lojista na hora de liberar crédito aos clientes. A medida pode ser considerada como uma ação importante na luta do varejo contra o crescente volume de inadimplentes ¿ a expectativa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) é de que o volume de calotes cresça 7,5% em 2011. "A possibilidade de combinar informações das duas bases de dados favorece muito a redução da inadimplência e faz parte da missão de trabalhar para nossos clientes crescerem, fazendo mais negócios com segurança", disse o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.

A Serasa tem uma forte presença nas capitais e nas regiões metropolitanas, enquanto o SPC Brasil é muito utilizado por comerciantes do interior. Apesar dos benefícios, a parceria deverá ser avaliada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para saber se existem impactos concorrenciais no acordo. "A legislação confere um prazo de 15 dias úteis, contados após a formalização da parceria. Sem dúvida, apresentaremos o convênio para avaliação das autoridades", afirmou o superintendente do SPC Brasil, Nival Martins. (FM).

Cigarro fica 20% mais caro Para cobrir as perdas em torno de R$ 25 bilhões do pacote de estímulos às empresas, o governo vai aumentar a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos cigarros. Na prática, somando todos os outros impostos incidentes (PIS, Cofins e ICMS), o preço do produto vai subir 20% a partir de 1º de dezembro, conforme regulamentou o Decreto nº 7.555, publicado ontem. O cigarro sofrerá aumentos sucessivos, ficando 55% mais caro até 2015. Segundo Marcelo Fisch, auditor da Receita Federal, o governo pretende "desestimular o consumo" e alimentar o caixa com mais R$ 4 bilhões, com a arrecadação anual passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 7,7 bilhões em quatro anos, num aumento de 105%. A produção nacional é de 5 bilhões de maços por ano. Outra novidade é que o valor mínimo do maço ou da caixa (embalagem rígida) não poderá ser inferior a R$ 3.