Alckmin diz que não apoiará volta da CPMF

 

O globo, n. 29994, 20//09/2015. País, p. 7

 

 O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin ( PSDB), afirmou ontem que não dará apoio à proposta do governo federal de voltar a cobrar a CPMF. O tucano, que vinha mantendo nos últimos dias cautela ao comentar o assunto, se alinha agora aos seus colegas de partido Beto Richa (Paraná) e Pedro Taques (Mato Grosso), contrários ao tributo.

De acordo com Alckmin, o governo da presidnete Dilma Rousseff (PT) deveria, antes de propor a volta do imposto do cheque, se esforçar na tarefa de cortar custos.

— Não vai contar com nosso apoio (a volta da CPMF). Entendemos que, neste momento, é preciso diminuir o tamanho do governo. Nós temos no Brasil governo demais e PIB de menos — disse o governador de São Paulo, que acrescentou ter diminuído os gastos no estado com medidas como a extinção de quatro fundações, uma secretaria e a venda de um avião do governo.

Na avaliação de Alckmin, o governo federal adotou um caminho equivocado para tentar superar a crise econômica.

— Primeiro, é preciso cortar despesas para poder ter dinheiro para investimento. Tem que acelerar o crescimento. Se o país não crescer, o ajuste fiscal não funciona, porque você perde arrecadação por causa da retração da economia. Vejo um foco equivocado e uma solução ainda mais equivocada — afirmou o governador tucano, que também criticou as taxas de juros.