Título: Fed promete socorro
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Fonte: Correio Braziliense, 09/09/2011, Economia, p. 10
Washington ¿ O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmou ontem que a instituição não poupará esforços para impulsionar o fraco crescimento econômico do país e reduzir o desemprego, que alcança 9,1% da força de trabalho. "O Fed fará tudo que puder para ajudar a restaurar altas taxas de crescimento e emprego num contexto de estabilidade de preços", afirmou Benrnake, em discurso na cidade de Minneapolis, sem, entretanto, dar mais informações sobre as medidas que podem ser adotadas com esse objetivo.
O comitê de política monetária do Fed deve discutir novas ações em reunião marcada para o próximo dia 21, mas seus integrantes têm opiniões divergentes sobre uma maior flexibilização da política monetária. O temor é que a injeção de mais dinheiro para estimular a economia acabe reacendendo a inflação. Numa tentativa de minimizar essas diferenças, Bernanke disse que uma elevação dos preços neste ano deve ser transitória e observou que diferenças de pontos de vista fazem parte de um debate saudável dentro do BC norte-americano.
As bolsas de valores reagiram negativamente à falta de detalhes sobre os próximos passos do Fed e ampliaram as perdas depois do pronunciamento. O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, fechou em queda de1,04%. O termômetro de tecnologia Nasdaq recuou 0,78% e o índice Standard & Poor"s 500 perdeu 1,06%.
Segundo Bernanke, a recuperação da economia dos Estados Unidos vem sendo freada por uma inabitual fraqueza nos gastos do consumidor e uma persistente tensão no mercado financeiro com a crise da dívida na Europa, com a redução da nota de risco da dívida dos dos Estados Unidos. Ele advertiu ainda os políticos, que discutem formas de reduzir o deficit nas contas governamentais, sobre os riscos de um controle excessivo dos gastos públicos. "Uma substancial consolidação fiscal no curto prazo poderia adicionar obstáculos ao crescimento econômico e às contratações", afirmou.