Título: Ministro descarta piora na rede pública
Autor: Mader, Helena; Pompeu, Ana; Borba, Júlia
Fonte: Correio Braziliense, 13/09/2011, Cidades, p. 21

Durante entrevista coletiva na tarde de ontem, o ministro da Educação, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de ter havido queda na qualidade de ensino das escolas do governo. "É praticamente impossível que o ensino público tenha piorado, uma vez que a média subiu. As escolas privadas não conseguiriam sozinhas puxar esse resultado para cima. Hoje, 88% das matrículas no país são das escolas públicas", afirmou.

Haddad não soube adiantar, no entanto, se houve aumento na desigualdade entre o serviço oferecido na rede privada e na pública. Para tanto, ainda será necessário realizar um estudo mais aprofundado com uso dos novos indicadores. De acordo com o ministro, a porcentagem de participantes que tiraram nota acima da média em 2009 foi de 44,75%. Esse número saltou para 47,02% em 2010. Ele também rebateu as críticas de alguns especialistas que contestam a divulgação de resultados para cada instituição, individualmente. "Não acho que a gente presta um desserviço. Saber essas informações é útil para que as escolas possam comparar os próprio resultados, organizar o conteúdo, orientar a abordagem e aumentar a qualificação", destacou. "Eu, como pai, gostaria de saber", completou.

Haddad disse ainda que cresceu o investimento em livros didáticos, no transporte dos alunos, na alimentação e no incentivo aos professores da educação básica para que façam curso superior. "A gente sabe que a educação nunca vai estar em um patamar em que não possa mais ser promovida", completou. O investimento por aluno nos colégios públicos era, em média, de R$ 970 por ano em 2000. Em 2009, a média atingiu R$ 2.336. Além disso, a quantidade de concluintes inscritos na prova subiu de 45% em 2009 para 56% em 2010.