Título: Condenados pelo CNMP
Autor: Taffner, Ricardo
Fonte: Correio Braziliense, 13/09/2011, Cidades, p. 25

Em março, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) condenou Deborah Guerner e Leonardo Bandarra, ex-procurador-geral do Distrito Federal, por cessação de forma ilícita de matéria jornalística na internet, violação de sigilo funcional em troca de dinheiro e tentativa de extorsão. Os promotores receberam as penas de suspensão e demissão, mas ingressaram com recurso administrativo. Em julho, o conselho confirmou as punições ao afastar os argumentos da defesa.

Os advogados de Bandarra ingressaram com novo recurso no CNMP. Por isso, ele continua trabalhando normalmente na 10ª Promotoria de Justiça de Família de Brasília. A defesa de Deborah decidiu não recorrer administrativamente e buscar, diretamente, o Judiciário. A demissão dos dois só será aplicada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Deborah Guerner busca aposentaria por invalidez e alega ter transtorno bipolar múltiplo. Ela acumula diversas licenças de saúde por conta das crises nervosas.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) não aceitou a alegação para livrá-la das denúncias e a considerou imputável. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) do DF comprovou que a promotora tem domínio das próprias emoções. No início do ano, ela e o marido, Jorge Guerner, foram presos por tentar forjar a doença mental de Deborah.