Pizzolato é extraditado para o Brasil

 

O Estado de São Paulo, n. 44565, 23/10/2015. Política, p. A7

Janaina Cesar / Jamil Chade

 

Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por envolvimento no processo do mensalão, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato desembarcou às 8h45 desta sexta-feira, 23, em Brasília. Após batalha do governo brasileiro para trazê-lo de volta ao País, ele foi extraditado nessa quinta da Itália, onde estava há pelo menos 23 meses foragido. 

Pizzolato chegou ao Brasil na manhã desta sexta. Ele foi trazido em um voo comercial da TAM que partiu de Milão e pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) por volta das 06h25. O ex-diretor passou cerca de uma hora no terminal, de onde embarcou em um avião da Polícia Federal rumo à capital federal. 

 

O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato

O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato

O ex-diretor do Banco do Brasil desceu do avião, em Brasília, sem algemas e foi levado em um carro descaracterizado da PF, escoltada por outras duas viaturas, ao Instituto Médico Legal (IML), para fazer exame de corpo de delito. Ele chegou ao instituto às 9h25 e entrou direto para a sala do médico legista, onde permaneceu por cerca de meia hora. Ele não falou com a imprensa. Segundo a Polícia Civil, no exame não foi constatada qualquer lesão. 

Por volta das 10 horas, ainda sem algemas e com um colete à prova de balas, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde outros condenados no processo do mensalão já estiveram presos. Pelo menos 11 policiais federais participaram da operação de transferência de Pizzolato.

Pizzolato deixou a Itália nessa quinta-feira, após um atraso de mais de uma hora em função de problemas técnicos com o avião. A viagem durou cerca de 11 horas e meia. Ele chegou a São Paulo por volta às 6h25, onde fez escala rumo a Brasília.Ao descer do avião, embarcou em uma viatura da PF e seguiu para um avião da polícia, que o conduziu para a capital federal. Quando descia do avião, em São Paulo, Pizzolato foi vaiado por parte dos passageiros