Título: Bolsa desaba 6,95%
Autor: Martins, Victor; Cristino, Vânia
Fonte: Correio Braziliense, 24/09/2011, Economia, p. 14

A sexta-feira foi de fortes oscilações nos mercados acionários de todo mundo. Mas, na maioria dos países, o dia acabou sendo positivo, sobretudo na Europa, epicentro da atual crise global. Em Londres, a alta ficou em 0,50%. Em Frankfurt, o avanço foi 0,63% e, em Paris, de 1,02%.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), houve ligeiro recuo de 0,09%. Mas, em todos os dias da semana, o Ibovespa, que mede a lucratividade das ações mais negociadas no pregão paulista, ficou no vermelho, cedendo dos 57 mil para os atuais 53.230 pontos. O tombo acumulado foi de 6,95%. No mês, as perdas chegaram a 5,78% e, no ano, a 23,19%.

Estudo da Consultoria Economática mostra que, entre o fim de 2010 e a última quinta-feira, o valor de mercado das 301 maiores empresas com ações listadas na BM&FBovespa caiu US$ 378 bilhões. Em dezembro do ano passado, valiam US$ 1,43 trilhão. Agora, estão cotadas a US$ 1,05 trilhão ¿ uma perda de 26,4%. Foi a maior redução entre os países da América Latina. O México ficou em segundo lugar, com queda de US$ 100,8 bilhões no valor 91 empresas, seguido pelo Chile, com US$ 73,7 bilhões a menos na cotação de138 companhias. A consultoria constatou ainda que, nos Estados Unidos, as 1.207 empresas analisadas ficaram US$ 1,5 trilhão mais baratas (baixa de 10,9%).

A Petrobras foi a empresa, na América Latina e nos EUA, que computou a maior retração no valor de mercado em 2011. No fim do ano passado, a estatal valia US$ 228,2 bilhões e, na última quinta-feira, caiu para US$ 141,2 bilhões. Ontem, os papéis da petrolífera recuaram até 1,87%. Em Nova YorK, o índice Dow Jones apontou alta de 0,35%, para os 10.771 pontos.