Valor econômico, v. 16, n. 3954, 02/03/2016. Empresas, p. B1

Rnest deve ficar pronta em 2019

Por: André Ramalho

Por André Ramalho | Do Rio

 

O governo federal sinalizou que a conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca (PE), deve ser novamente adiada, dentro do novo plano de negócios que a Petrobras prevê apresentar ao mercado nos próximos meses. De acordo com o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), publicado esta semana pelo Ministério do Planejamento, a previsão é que o segundo trem de refino da unidade comece a operar apenas no início de 2019.

Em janeiro, o presidente da estatal, Aldemir Bendine, havia confirmado a refinaria para 2018. Na ocasião, durante coletiva de imprensa para detalhar a nova estrutura e modelo de governança da companhia, o executivo disse que a relação de custo benefício não permitia outra medida que não fosse a conclusão do projeto. Inicialmente, antes mesmo da eclosão das denúncias da Operação Lava-Jato, o cronograma do projeto previa a conclusão da refinaria pernambucana em 2015.

A expectativa da Petrobras é concluir o segundo trem da Rnest com recursos do próprio caixa. O plano de negócios 2015-2019 da petroleira, atualmente em revisão, prevê investimentos de US$ 10,9 bilhões na área deAbastecimento.

A Rnest é um projeto composto por dois trens, com capacidade total para processamento de 230 mil barris diários de petróleo. A primeiro fase, de 115 mil barris/dia, foi inaugurada no final de 2014, mas ainda não opera a plena capacidade, devido a restrições ambientais.

Em janeiro, a Petrobras recebeu autorização da Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco para aumentar o processamento de petróleo na unidade para 100 mil barris diários. A operação a plena capacidade, no entanto, só será liberada após a conclusão da unidade de abatimento de emissões atmosféricas da refinaria (SNOX).