Obras, que custarão R$ 1,8 milhão, antecedem o restauro da arquitetura.

Dois meses e meio após o incêndio que atingiu o Museu da Língua Portuguesa e comprometeu parte do prédio histórico da Estação da Luz, o governo de São Paulo anunciou que o local passará por reformas, em fase que antecede o restauro da arquitetura. As obras dessa fase devem se estender até o fim de maio ou início de junho deste ano, com custo estimado em R$ 1,8 milhão. Os recursos serão da companhia de seguros.

O prédio, tombado como patrimônio histórico, data de 1867 e, segundo a Secretaria estadual de Cultura, os reparos foram aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ( Iphan) e pelos conselhos de defesa do patrimônio histórico do governo do estado e da prefeitura.

Estão programadas impermeabilização das lajes expostas, instalação de sistemas de drenagem e correção dos estragos no telhado. Após a conclusão dessas etapas, serão reabertas as entradas principais da Estação da Luz, com acesso às áreas de embarque e desembarque da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e do Metrô.

Por esses locais, passavam diariamente cerca de 400 mil passageiros. A circulação foi vetada pela Defesa Civil desde o incêndio. As alternativas são os acessos pela Rua Casper Líbero e em frente ao prédio da Pinacoteca. Para a reconstrução do museu foi assinado, em janeiro, um convênio entre Secretaria de Cultura, Fundação Roberto Marinho e a organização social ID Brasil. Por essa parceria, ficou acertado que as obras deverão seguir as linhas originais de arquitetura.

Algumas atividades do Museu da Língua Portuguesa continuam sendo desenvolvidas, como a exposição itinerante Estação da Língua. ( Da Agência Brasil)

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Médico de SC suspeito de abusar de pacientes é indiciado por 16 estupros

Inquérito foi entregue ao Ministério Público na segunda-feira (7). No total, são 38 vítimas; polícia reuniu provas para 16 estupros.

O médico Omar César Ferreira de Castro, de 66 anos, suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Florianópolis foi indiciado pela Polícia Civil por 16 estupros. O inquérito sobre o caso foi entregue na segunda-feira (7) ao Ministério Público.

O nutrólogo era investigado desde novembro de 2015 e foi preso na clínica em que trabalhava no Centro da capital catarinense em 16 de fevereiro.

“São oito crimes denominados estupro contra vulnerável e oito crime de estupro tipo comum. No total, são 38 vítimas, só que para caracterizar ao Ministério Público, conseguimos provar oito situações, mais outras oito situações distintas”, afirmou o delegado Ricardo Thomé ao Jorna do Almoço nesta quinta-feira (10).

O médico Omar César Ferreira de Castro, de 66 anos, suspeito de violência sexual contra 14 pacientes em Florianópolis (Foto: Reprodução/RBSTV)

Há quase um mês, Castro está detido no Presídio Masculino de Florianópolis. “A prisão temporária se esgota na próxima semana e até lá haverá a decisão do magistrado pela prisão preventiva ou pela libertação do autor desses crimes”, explicou Thomé.

70 consultas por dia
“Ele se declara anestesiologista, endocrinologista e nutrólogo. A informação que temos é de que chegava a atender 70 consultas ao dia. Era muito procurado por mulheres queriam emagrecer com uso de medicamentos como sibutramina", afirma Francisco Ferreira, advogado de algumas da vítimas.

Uma das mulheres que fizeram denúncia contra ele chegou a relatar que foi dopada e estuprada na maca do consultório, informou o advogado da vítima.

Investigado pelo Conselho de Medicina
Além do inquérito da Polícia Civil, o médico é investigado pelo Conselho Regional de Medicina, que desde 2010 recebe denúncias sobre as práticas médicas do suspeito.

Na época da prisão, a RBS TV informou que duas sindicâncias estavam em julgamento, mas nenhum tem ligação com crimes sexuais. A assessoria do Conselho foi procurada nesta quinta para obter novidades sobre as sindicâncias, mas até esta publicação não havia conseguido qualquer contato.