Título: Reviravolta nos Correios
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Fonte: Correio Braziliense, 06/10/2011, Economia, p. 17

Os brasileiros que dependem dos serviços postais vão continuar enfrentando dor de cabeça nos próximos dias. Em assembleias realizadas ontem em todo o Brasil, os funcionários dos Correios decidiram manter a greve iniciada em 14 de setembro. Eles rejeitaram a proposta de aumento de R$ 80 acima da inflação a todos os empregados e reajuste de 6,87% nos salários e nos benefícios formalizada na terça-feira, durante a reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Mais de 18 dos 35 estados que integram a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) optaram por dar continuidade à mobilização. Estão entre eles Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal. Os funcionários querem aumento de R$ 200, reposição da inflação de 7,16% e piso salarial de R$ 1.635.

José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect, disse que, na segunda-feira, será feito o sorteio do relator do processo do dissídio coletivo que será julgado no TST. "O comando orientou a categoria a aceitar o acordo, mas ela não quis. Agora, o reajuste a ser dado será decidido na Justiça", afirmou. Os Correios informaram que empreenderam todos os esforços possíveis para negociar e que mantêm as portas abertas para o diálogo.(CB)

Mais bancos fechados A paralisação dos bancários atingiu ontem 8.556 agências de bancos públicos e privados em todo o país. A categoria, de braços cruzados desde 27 de setembro, quer um reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação), valorização do piso e mais contratações, entre outras melhorias. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disse que a greve é uma resposta à intransigência e ao silêncio dos bancos.