Título: Suspeitas e denúncias
Autor: Tahan, Lilian
Fonte: Correio Braziliense, 05/10/2011, Cidades, p. 25

Marcelo Toledo tornou-se conhecido após o episódio do sequestro de uma das filhas do ex-senador Luiz Estevão em 1997. Ele participou da operação de resgate de Cleucizinha, que foi mantida refém, durante sete dias, em um lava a jato em Samambaia, que serviu de cativeiro. Assim que os policiais invadiram o lugar, Toledo levou um tiro no ombro direito. O policial foi hospitalizado e submetido a uma cirurgia. Três anos depois do acidente, em 2000, aos 28 anos, ele conseguiu aposentadoria por invalidez.

O lado bom-moço da biografia de Toledo, no entanto, foi sempre intercalado com suspeitas da participação dele em esquemas ilegais. Na Operação Caixa de Pandora, é apontado como um dos operadores do escândalo de corrupção. Foi denunciado na semana passada por improbidade administrativa e teve os bens bloqueados.

Ele também foi alvo da Operação Tucunaré, que apurou lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A polícia grampeou uma conversa entre o doleiro Fayed Trabously e Toledo. Tucunaré, aliás, é o apelido de Toledo, um peixe arisco e difícil de pegar. Em dezembro de 2009, o Correio revelou que Toledo era sócio de uma empresa, a Voxtec, que mantinha contrato no valor de R$ 21 milhões com o DFTrans. Em 2006, foi candidato a deputado distrital pelo PSL, mas perdeu.