Valor econômico, v. 17, n. 4006, 17/05/2016. Brasil, p. A3

Jucá traz ex-assessores de Barbosa para Planejamento e Ipea

Por: Fábio Pupo, Rafael Bitencourt e Eduardo Campos

 

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, definiu, ontem, parte da nova equipe da pasta. Alguns nomes foram levados do Ministério da Fazenda. Na Secretaria-Executiva, virá Dyogo Oliveira, que deixa a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda e volta a ocupar o cargo em que já esteve quando Nelson Barbosa era o titular do Planejamento. Oliveira é servidor público da carreira. A chefia de gabinete do ministro será ocupada pelo consultor legislativo do Senado Federal Fernando Veiga Barros.

Na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), George Aguiar Soares, servidor público da carreira de Analista de Planejamento e Orçamento (APO), assumirá o comando. Na Secretaria de Planejamento e Investimento (SPI), será nomeado o servidor da carreira de EPPGG, Francisco Franco, até então titular da SOF.

A Secretaria de Gestão (Seges) será ocupada por Gleisson Cardoso Rubin, servidor da carreira e atual presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). A Secretaria do Programa de Aceleração do Crescimento (Sepac) será transformada em Secretaria de Desenvolvimento e Infraestrutura e terá como titular Hailton Madureira de Almeida.

Na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), não haverá mudanças e permanece o titular Guilherme Estrada. O consultor jurídico do ministério, o procurador federal Walter Baere, também será mantido. A Assessoria Econômica (Assec) será assumida por Marcos Ferrari, professor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). O Departamento de Empresas Estatais (Dest) será dirigido por Fernando Ribeiro Soares, servidor da carreira de EPPGG.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) será presidido por Manoel Pires, que estava na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Wasmália Bivar continua à frente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na Enap, assume o atual diretor de Desenvolvimento Gerencial da instituição, Paulo Marques. A Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) passa a ser vinculada ao Planejamento e Marcelo Franco dirigirá o órgão.

Jucá, afirmou ontem que a nova meta fiscal deve ser finalizada pela equipe econômicas e enviada logo ao Congresso. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está conduzindo as discussões finais e, por conta disso, ainda não daria para falar em números. A principal dificuldade, segundo o ministro, é levantar os "gastos inesperados" que não haviam sido considerados anteriormente. Ele citou a possibilidade de o Orçamento da União ter que arcar com os custos não previstos com a Eletrobras. Issocorreria se a companhia não entregar relatórios financeiros dos exercícios 2014 e 2015 ao órgão americano Securities and Exchange Commission (SEC), até o próximo dia 10.

Jucá voltou a afirmar que, se considerar a estimativa a mais "pessimista", a despesa com a estatal pode alcançar R$ 40 bilhões. Outro gasto não previsto na meta fiscal definida pela equipe econômica anterior está relacionado ao impacto da dívida de Estados. Ele explicou que ainda está indefinido se o cálculo será feito com juros simples ou compostos.

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