No Ministério da Educação, Mendonça Filho nomeou como secretária-executiva a socióloga e ex-secretária de Educação de São Paulo e do Distrito Federal, Maria Helena Guimarães de Castro.
Ontem, em entrevista coletiva, perguntado sobre a decisão de Michel Temer de não nomear nenhuma mulher para seu Ministério, o ministro Eliseu Padilha disse que as escolhas foram feitas por sugestões dos partidos, que o tempo foi exíguo e que houve uma tentativa de incluir mulheres no primeiro escalão do novo governo. Mas, que não foi possível. Padilha destacou que a chefe de gabinete de Temer será Nara de Deus.
— Nós tivemos essa composição, foi feita a partir das sugestões que os partidos fizeram. Tivemos pouco tempo para fazer essa composição. Tentamos de várias formas buscar mulheres, mas não conseguimos, por razões que não convém discutir aqui. A chefe de gabinete do presidente, uma função de muita importância, é uma mulher. Nessas secretarias que perderam status de ministério, vamos trazer mulheres a participar — disse Padilha.
Com a repercussão negativa sobre a ausência de mulheres, a tendência é que haja uma maior atenção para a participação feminina na formação dos cargos mais relevantes nos segundos e terceiros escalões dos ministérios. A Esplanada totalmente composta por homens não foi bem recebida por ativistas de causas sociais e em defesa das minorias. Políticos aliados do governo, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), justificaram que o ministério formado não foi o ideal, mas o “possível” de ser feito.
O governo Temer será o primeiro, desde João Figueiredo (1979-1985), que nomeou a ministra da Educação Esther de Figueiredo Ferraz, a não ter colaboração feminina no primeiro escalão.