Título: Emergentes são modelo
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Fonte: Correio Braziliense, 15/10/2011, Economia, p. 17

Nova York — Os Estados Unidos devem aprender com as principais nações emergentes, especialmente a Índia e o Brasil, colocando seus interesses econômicos no centro da política externa. Isso será crucial para que o país continue como o líder global, afirmou ontem a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. "Temos que nos posicionar para liderar em um mundo onde a segurança é moldada em salas de reuniões e pregões, assim como em campos de batalha", disse Hillary no Clube Econômico de Nova York.

Anunciado como um importante pronunciamento, o discurso procurou delinear o crescente foco do governo de Barack Obama em questões econômicas. "Potências emergentes como Índia e Brasil colocam a economia no centro das suas políticas externas. Uma das primeiras perguntas que eles fazem é: "Como isso afetará nosso crescimento econômico?". Precisamos fazer a mesma pergunta. Não porque a resposta vai ditar as nossas escolhas de política externa, mas porque deve ser uma parte significativa da equação", disse.

A secretária deu o tom de urgência nas decisões a serem tomadas. "Eu sei que há alguns que acreditam que a América, depois de sofrer alguns percalços nos últimos anos, deve se voltar para si. Mas você não pode pedir um tempo na economia global. Nossos concorrentes não estão pedindo tempo, e nós também não podemos fazê-lo", disse. Segundo ela, os EUA devem aprender a usar sua política externa para fortalecer a economia doméstica enquanto lutam contra barreiras comerciais "injustas" e companhias estatais ou apoiadas pelo Estado, que agem a mando de governos estrangeiros.