Pedro Venceslau

29/06/2016

Na segunda viagem oficial no cargo, o presidente em exercício Michel Temer disse ontem, em Ortigueiras, no interior do Paraná, que tem agido como presidente efetivo porque “o Brasil não pode parar”. “Muita gente me pergunta: ‘Mas você é interino, vai esperar?’. Não espero, não é a figura do presidente que vale, mas, sim, a instituição da Presidência da República, por isso temos agido como presidente efetivo.” “O Brasil não pode parar, por isso eu também não posso parar”, disse Temer, após a solenidade de inauguração de uma fábrica de celulose na qual foram investidos na planta R$ 8,5 bilhões, dos quais R$ 3,7 bilhões são recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os jornalistas questionaram Temer sobre a decisão do governo federal de devolver R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional. Ele disse que a devolução será feita “pouco a pouco” e afirmou que a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, não se opõe à ideia.

Estados. O presidente em exercício também destacou o encontro que teve com governadores no qual foi selado um acordo que aliviou as dívidas estaduais.

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez, durante o evento, um discurso com críticas à presidente afastada Dilma Rousseff. Após lembrar que já esteve duas vezes no Palácio do Planalto durante a gestão Temer, Richa afirmou que o governo do Paraná recebeu “tratamento discriminatório e desrespeitoso” por parte da gestão da petista.