Apuração no país europeu cita ‘bilhões’

Jamil Chade

23/06/2016

 

 

O Ministério Público da Suíça afirmou que cerca de 800 movimentações bancárias em mais de 40 instituições financeiras no país europeu somaram “vários bilhões de dólares”, beneficiando “políticos e diretores” da Petrobrás no contexto da Operação Lava Jato. Os dados fazem parte do informe anual da instituição de 14 de abril.

Os cerca de 40 processos criminais abertos contra empresas e pessoas envolvida no escândalo, desde 2014, envolvem o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

“Empresas aparentemente teriam pago, desde o início dos anos 2000, vários bilhões de dólares a quadros da Petrobrás e a políticos para obter contratos com a Petrobrás”, diz o MP suíço. Além da estatal, a Odebrecht também é alvo de investigações. Parte das suspeitas se referem ao financiamento de campanhas eleitorais na América do Sul e Central por parte de recursos da empreiteira. “Há implicação de dirigentes de grandes sociedades de construção e de políticos de alto escalão em atos de suposta corrupção.”

De acordo com Berna, um total de US$ 800 milhões foi “sequestrado” e, em 2015, cerca de US$ 120 milhões foram transferidos às autoridades brasileiras. Eventuais fugas de pessoas citadas na Lava Jato passaram a estar no radar dos bancos e de autoridades europeias.