Título: Três perguntas para
Autor: Abreu, Diego
Fonte: Correio Braziliense, 07/11/2011, Política, p. 5

Ricardo Lewandowski, presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Qual a importância da adaptação das urnas para a realização de consultas? A importância é que, em vez de utilizarmos duas urnas, como se faz usualmente quando há consultas e eleições ao mesmo tempo, utilizaremos apenas um equipamento. Ou seja, a votação será muito mais rápida, diminuiremos fila e causaremos menos perplexidade no eleitor em relação a isso. E claro que é um instrumento que permitirá que se utilize os mecanismos da democracia participativa, inaugurada pela Constituição de 1988.

Já existe algo sendo viabilizado para que haja consultas em 2012? Existe hoje um anseio muito grande não somente por parte da cidadania, mas os próprios políticos já reconheceram a necessidade de ampliar as hipóteses em que o povo possa manifestar-se diretamente sobre os mais distintos assuntos que estão sendo discutidos e de relevância no país. Então, claro que é o Poder Legislativo que decidirá sobre essas questões. Mas, do ponto de vista material e tecnológico, a Justiça Eleitoral já está se adiantando e fazendo com que isso se torne tecnicamente viável.

De onde surgiu essa iniciativa? Quando se cogitou a reforma política, nós defendemos a tese de que qualquer reforma política deve ser precedida de uma consulta popular. E essa tese, que não é só minha, mas também de vários parlamentares, foi vencedora no Senado.