Título: Pouco apoio financeiro
Autor: Braga, Juliana; Leite, Larissa
Fonte: Correio Braziliense, 08/11/2011, Brasil, p. 8

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), criticou a falta de apoio financeiro da União e dos estados no enfrentamento ao crack. Segundo ele, a esfera federal cria as leis, mas não dá subsídio para que elas sejam implementadas. A CNM denuncia que foram destinados R$ 33,5 milhões neste ano para a gestão da Política Nacional sobre Drogas. Desse montante, apenas R$ 4,7 milhões foram efetivamente pagos. No ano passado, R$ 124,1 milhões foram autorizados, mas só R$ 5,3 milhões pagos.

No âmbito do Ministério da Saúde, o cenário apontado pela instituição é parecido. De acordo com o levantamento da CNM, algumas ações relacionadas ao combate às drogas, como a Atenção à Saúde Mental, não tiveram nem repasse de dinheiro autorizado.

A pasta nega as informações. Segundo o ministério, o Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, coordenado pela Secretaria Nacional sobre Drogas (Senad), conta com R$ 410 milhões, sendo R$ 90 milhões para a área de saúde. Além disso, o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, destaca o aumento de atendimentos na área de saúde mental, que subiu de 423 mil em 2002 para 21 milhões em 2010.

Helvécio discorda que a pasta não esteja dando assistência aos municípios. "Nós temos no SUS uma câmara de gestão tripartite. Os espaços de diálogo estão abertos e são criados por leis federais", sustenta. (JB)