Ex-tesoureiro nega ter recebido repasses ilícitos

Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt

05/07/2016

 

 

O advogado José Roberto Batochio, defensor do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, afirmou que “não é verdade que ele tenha recebido propinas”. O advogado criticou o que chamou de “prisão preventiva em duplicidade” do seu cliente. “Dupla prisão preventiva, parece- me um ‘seguro’ de persecutores implacáveis”, disse o criminalista.

“Ou seja, caso a primeira prisão não se sustente, vamos fazer o ‘seguro’, decretando- se uma segunda ordem de prisão”, afirmou. “A menos que se trate de uma disputa entre órgãos jurisdicionais para ver quem decreta a prisão primeiro”, disse Batochio.

O Grupo WTorre afirmou que a empresa “não teve participação na obra de expansão do Centro de Pesquisas da Petrobrás e não recebeu ou pagou a agente público ou privado nenhum valor referente a esta ou a qualquer outra obra pública”.

A empreiteira OAS informou que não vai se pronunciar sobre a Operação Abismo. A Construcap também afirmou que não iria se pronunciar. O Grupo Schahin disse que “compreende os trabalhos de investigação em curso e prosseguirá colaborando com as autoridades, como tem feito até agora”.

A Construbase Engenharia afirmou, em nota, “que está prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades”. A empresa informou que vai se manifestar após ter acesso aos documentos da investigação.