‘Não sou tucano; Marta não é PT’, diz Matarazzo

Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho

27/07/2016

 

 

 

No dia em que anunciou oficialmente que aceitou ser candidato a vice da senadora Marta Suplicy (PMDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o vereador Andrea Matarazzo (PSD) disse ao Estado que a dobradinha pretende explorar na campanha “três legados bem-sucedidos”. “Essa candidatura tem o legado de três gestões bem-sucedidas.

São marcas como o CEU, Bilhete Único e as Amas”, disse Matarazzo, referindo-se a programa das gestões de Marta (2001-2004), José Serra (2004- 2006), do PSDB, e Gilberto Kassab (2006-2013), do PSD, à frente da Prefeitura.

Quando questionado sobre a rivalidade histórica entre ele e Marta, que deixou o PT no ano passado, Matarazzo afirmou que São Paulo está acima disso.

“O tempo passou, as pessoas amadurecem, inclusive eu. Esta aliança está acima desta permanente guerra entre vermelhos e azuis na cidade. São Paulo está acima disso”, afirmou.

 

Passado. Matarazzo minimizou as críticas feitas por ele a Marta no passado. “Éramos grupos antagônicos, mas ela saiu do PT e eu do PSDB.” Em entrevista recente à Coluna do Estadão, o vereador chegou a dizer que “era mais fácil um piano voar” do que ele apoiar a candidatura de Marta. No dia 28 de abril, Matarazzo escreveu no Twitter a seguinte frase: “Não serei vice da Marta nem de ninguém”. Sobre a possibilidade de contar com apoio de tucanos descontentes com a candidatura do empresário João Doria (PSDB), o vereador desconversou.

“Não sou de constranger meus amigos, mas os tucanos de alma apoiarão o que for melhor para a cidade.” Em nota divulgada ontem, Matarazzo assume que ele e Marta tiveram “várias diferenças”.

“Mas descobrimos que podemos dialogar e construir consensos.” Segundo ele, a união representa “um novo momento para a cidade. E encerra o texto: “Tempo de união para São Paulo”.

Marta não falou com a imprensa ontem. Pelo Twitter, a senadora afirmou que “demos um passo importante pela São Paulo que sonhamos”.