Título: Cobrança de cadastro
Autor: Puljiz, Mara; Sakkis, Ariadne
Fonte: Correio Braziliense, 22/10/2011, Cidades, p. 32

Em julho de 2009, o Correio denunciou o golpe que usava o nome do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal (veja fac-símile). A série de reportagens mostrou que o Instituto Geração Brasília, com atuação em São Sebastião e em Santa Maria, cobrava para um cadastro na entidade, garantindo que o documento em questão daria às famílias um apartamento financiado em condições especiais e a juros baixos.

A ONG era comandada por um policial militar, ex-deputado distrital. À época, a Caixa Econômica Federal informou que não havia nenhum tipo de cobrança para a inscrição no Minha Casa, Minha Vida e que jamais "firmou parceria nem recebeu a entidade citada no projeto de empreendimento para construção de unidades habitacionais no DF".

O golpe da casa própria também era aplicado no Entorno por um instituto evangélico que se dizia voltado para a assistência social. As pessoas, no entanto, tinham de pagar de R$ 10 a R$ 15 pelo cadastro. Na mesma semana, policiais da Delegacia de Defraudação e Falsificação (DEF) prenderam seis pessoas da ONG Vida Vida, em Planaltina.