Título: Sobe gasto de energia
Autor: D'Angelo, Ana
Fonte: Correio Braziliense, 29/10/2011, Economia, p. 15

Influenciado principalmente pelo forte crescimento da demanda nas classes residencial e comercial, o consumo de energia elétrica no Brasil subiu 4,2% no terceiro trimestre em relação há um ano, informou ontem a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O consumo nacional foi de 108.008 gigawatts-hora (GWh) entre julho e setembro. A demanda por energia cresceu 8,1% no setor comercial. No caso dos clientes residenciais, o gasto de kilowatts/hora mensais subiu 6,4%.

Apenas em setembro, o consumo foi de 36.699 GWh, 4,4% acima do registrado no mesmo mês de 2010. O consumo residencial vem apresentando crescimento durante o ano — já chega a 4,8% no acumulado até setembro, diante das condições de crédito difundido à população, boas condições do mercado de trabalho, rendimento médio real em alta e taxa de desocupação declinante, segundo a EPE, que cita dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho.

Em setembro, as famílias brasileiras demandaram 9.494 GWh de energia, 6,6% a mais que no mesmo mês de 2010. Já a utilização de energia elétrica da classe comercial vem se expandindo em consequência do aumento do consumo de bens e serviços. No mês passado, o consumo elétrico desse segmento cresceu 7,8% — uma carga de 6.101 GWh. Em ritmo mais lento, a indústria também mantém o ritmo de crescimento ao longo do ano: consumiu 920 GWh entre julho e setembro, com crescimento de 2% contra o mesmo período de 2010 e mesma taxa alcançada no segundo trimestre deste ano.

O crescimento do consumo teve ritmo mais forte nas regiões Norte e Centro-Oeste, de 7% e 18%, respectivamente, no trimestre. A região Sudeste, que agrega a maior parcela de consumo de energia elétrica, cresceu menos no período: 0,7%.

DF tem álcool mais caro no mês Na semana encerada ontem, os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em nove estados e subiram em 14, além do Distrito Federal, de acordo com dados coletados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). No Acre, no Ceará e no Piauí, os preços permaneceram estáveis. No período de um mês, o álcool caiu em 10 estados e teve alta em 16 e em Brasília. Em São Paulo, maior estado consumidor, o aumento foi de 0,70% na semana. No mês, a maior elevação, de 4,37%, foi verificada no DF. Na comparação nacional, abastecer com gasolina vale mais a pena que com etanol: o derivado de petróleo foi vendido, em média, por R$ 2,745 o litro, ao passo que o biocombustível só é competitivo até R$ 1,921 por litro.