O presidente Michel Temer procurou atrair parceiros estrangeiros para bilionários plano de infraestrutura no Brasil, nas reuniões bilaterais que manteve na China, à margem da cúpula do G-20.

Na primeira reunião, com o premiê do Japão, Shinzo Abe, Temer expôs o interesse de o Brasil de receber capital japonês em obras de infraestrutura e defendeu o aprofundamento da cooperação nas áreas de ciências, inovação e tecnologia. "O Japão está pronto e esperançoso para cooperar com o Brasil", respondeu o premiê japonês, segundo relato do lado brasileiro. Abe considerou importante as reformas que o Brasil disse que fará.

Com a Arábia Saudita, Temer disse que o Brasil quer exportar material de defesa, como o avião de carga KC 390, e produtos agropecuários, além de atrair investimento saudita para as concessões.

O vice-premiê saudita, Mohammad bin Saman Al Saud, respondeu que tem interesse em ampliar a relação bilateral. Ficou acertado que uma missão técnica brasileira irá à Arabia Saudita em breve para estudar como acelerar negócios.

No encontro com o premiê da Espanha, Mariano Rajoy, Temer pediu investimentos espanhóis em portos, ferrovias e aeroportos. Na última bilateral, com o premiê da Itália, Matteo Renzi, Temer falou mais uma vez dos planos de concessão e privatização, reiterou o interesse do Brasil na venda do avião militar KC 390 da Embraer para a Itália e agradeceu o apoio italiano à negociação de livre comércio entre o Mercosul e a UE. Renzi propôs a ida de uma missão empresarial ao Brasil. A proposta será estudada pelo governo.

Em seus contatos, Temer foi convidado por praticamente todos, incluindo pela China, para visita oficial aos parceiros. O presidente deverá chegar ao Brasil a tempo para participar da parada de 7 de Setembro, em Brasília.