Título: As propostas
Autor: Decat, Erich
Fonte: Correio Braziliense, 09/11/2011, Política, p. 3

Confira os principais pontos defendidos pelo secretário-geral da Fifa, Jêróme Valcke

Ingressos Criação de cota de 10% para venda de ingressos populares na primeira fase do Mundial.Deverá ser destinada apenas aos brasileiros que se enquadram como estudantes, representantes das minorias, idosos, entre outros. O valor deve ser de US$ 25 (R$ 44). A expectativa é que 3 mil torcedores brasileiros tenham acesso a esse tipo de ingresso.

Bebidas A Fifa defende venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os jogos do Mundial. A prática é vedada pelo Estatuto do Torcedor. Como argumento, a Fifa alega que a questão está prevista nas garantias dadas pelo governo Lula quando o Brasil se candidatou para sediar o evento, em 2007. Além disso, quer a criação de uma zona comercial exclusiva de 2km em torno dos estádios para atender aos parceiros da entidade.

Segurança A entidade afirma que não irá intervir uma vez que considera esse tema como uma questão de Estado. Apesar disso, exige que todos os torcedores que tenham ingresso do Mundial sejam liberados para entrar no país. Por outro lado, a entidade vai ceder às autoridades brasileiras uma lista com informações de torcedores de outros países que já causaram problemas em Mundiais anteriores.

Férias Concessão de férias escolares durante o Mundial e feriado nos dias dos jogos para os servidores da União, dos estados e do Distrito Federal. O objetivo é aliviar o tráfego nas áreas de acessos aos jogos. Para representantes da Fifa, as obras de mobilidade urbana, como metrô e aeroportos, estão entre as principais preocupações.

Tema A Fifa deve adotar um lema assim como ocorreu na Copa da África de 2010, quando foi debatido o problema da Aids, que assola a região. No Brasil a sugestão feita pelos parlamentares é que adote o tema: "Por um mundo sem armas". Na Câmara, alguns deputados defendem que o debate também se estenda às drogas.