Reforma reduzirá desigualdade no ensino médio, diz MEC

Por: Lucas Marchesini

 

A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Castro, rebateu críticas e afirmou que os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015 por escola reforçam "a urgência da reforma do ensino médio". "Muitos alegam que a proposta pode aumentar a desigualdade. Pelo contrário, ela vai promover maior equidade no sistema", afirmou.

Maria Helena comentou os dados do Enem de 2015, que mostra um desempenho superior das escolas privadas. A lista de cem escolas com maiores médias no Enem 2015 tem apenas três unidades públicas, todas federais. A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, também diz ver nos números " imperiosa necessidade da reforma do ensino médio", começou.

As duas destacaram que muitos alunos do ensino público sequer chegam a se inscrever no Enem. "Que igualdade é essa que estamos oferecendo? Eles se auto excluem do sistema, essa é a enorme desigualdade do nosso sistema e uma resposta a ela que nossa proposta de reforma do ensino médio pretende dar", disse Maria Helena.

Entre as 100 escolas com maiores notas, 30 são de São Paulo. Esse número tem aumentado: eram 29 em 2014, e 28 em 2013. O Estado com a segunda maior participação no grupo é o Ceará, com 8 escolas, uma a mais que no ano anterior. O cálculo considerou as notas das quatro provas objetivas do Enem: linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza. A média de toda rede privada de São Paulo é a 5ª melhor do país.