A mesa diretora do Senado aprovou o nome do economista Felipe Salto para o cargo de diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), novo órgão criado na Casa. Na sabatina a que foi submetido, Salto disse que a IFI é "uma espécie de antídoto" contra o uso da "contabilidade criativa" utilizada em passado recente para mascarar os dados fiscais, como foi o caso das "pedaladas" fiscais. Para ele, o novo órgão vai "trazer mais luz para as contas públicas".

A IFI foi criada pela resolução 42/2016 do Senado, com a atribuição de elaborar estimativas para as receitas do governo central com base em critérios e modelos técnicos.

O órgão irá também avaliar os resultados fiscais mensais do governo federal e do setor público consolidado em relação às metas fixadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A instituição realizará ainda trabalhos como o cálculo do impacto de projetos de lei e de ações dos demais Poderes sobre o erário, inclusive das políticas monetária, creditícia e cambial.

Salto disse que a IFI terá dois anos para se consolidar, pois mostrará, no período, se atuou com independência, de forma técnica e apartidária.

O economista tem mestrado em administração pública e é professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. Trabalhou de 2008 a 2014 na Tendências Consultoria. Foi assessor do senador José Serra (PSDB-SP). Com a ida de Serra para o Ministério das Relações Exteriores, passou a assessorar o senador José Aníbal (PSDB-SP).