Título: Ainda sem espaço
Autor: Decat, Erich
Fonte: Correio Braziliense, 21/11/2011, Política, p. 3

O critério que deverá será utilizado para definir o comando das Comissões Temáticas da Câmara, não é a única fonte dor de cabeça para o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS). Ele também tem pela frente o desafio de encontrar uma "fórmula mágica" para distribuir os cargos comissionados e o espaço físico a ser utilizado pelo PSD.

Se depender de integrantes dos partidos mais afetados com a criação da legenda, uma solução não deve ser encontrada tão cedo. De acordo com as regras atuais, a liderança do PSD deveria contar com 106 cargos de natureza especial, distribuídos entre chefia de gabinete e assessores técnicos. Esse número tem como base o tamanho da bancada do PSD, hoje com 48 deputados. Marco Maia, no entanto, lembra que esse critério é utilizado apenas para os partidos que tiveram parlamentares eleitos nas eleições de outubro 2010. "Ao pé da letra, o PSD não teria atribuição de cargos", disse ao Correio Marco Maia.

O número de servidores para o novo partido será definido por meio de um projeto de resolução, que alterará o regimento interno da Casa. O texto deve ser apresentado nas próximas duas semanas, por um grupo de trabalho comandado pelos líderes do PSDB, Duarte Nogueira (SP), e do PT, Paulo Teixeira (SP). Segundo Nogueira, as discussões nos bastidores não são nada favoráveis ao PSD. "Esse pessoal chegou ontem. Ninguém pode entrar no jogo aos 45 do segundo tempo e querer bater o pênalti", avaliou o líder.

Após ser elaborada a resolução, ela ainda será apresentada no colégio de líderes para, em seguida, ser votada em plenário. A ideia discutida nos bastidores é de uma redistribuição dos cargos, mas ainda não há consenso. (ED)