Título: Desemprego cai a 5,8%
Autor: Cristino, Vânia
Fonte: Correio Braziliense, 25/11/2011, Economia, p. 10

Mesmo com a desaceleração da economia, a taxa de desemprego continua diminuindo no país. Em outubro, o indicador cravou 5,8%, ante os 6% apurados em setembro, o menor patamar para o mês desde 2002, quando o começou a série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, há 1,4 milhão de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Em outubro do ano passado, o índice estava em 6,1%.

Pelos dados de IBGE, os setores que mais contribuíram para a queda do desemprego foram os de serviços, que contrataram 286 mil pessoas em outubro, e o da construção civil, que admitiu 76 mil trabalhadores. O rendimento médio dos empregados manteve-se estável em relação a setembro: R$ 1.612,70. Na comparação regional, subiu em Recife (5,1%), Salvador (1,5%) e Belo Horizonte (0,8%).

Para a Confederação Nacional do Comércio (CNC), os dados do IBGE revelaram um menor fôlego no mercado de trabalho. Na avaliação da entidade, se forem descontadas as variações atípicas do período, como a forte contratação de temporários para atender às demandas das festas de fim de ano, estima-se que a taxa de desemprego tenha ficado em 5,9%. "Além de uma forte base de comparação, a evolução desse indicador está condicionada ao atual processo de desaceleração da atividade econômica", afirmou Marianne Hanson, economista da CNC. A seu ver, o indicador fechará o ano em 6%, com alta de 3,2% no rendimento real.

Flávio Combat, economista-chefe da Corretora Concórdia, estimou que, em 2011, o índice de desemprego ficará em 6,1%. Para 2012, a projeção é de 6,3%. "O desemprego deve voltar a subir moderadamente no ano que vem, como reflexo do ritmo mais fraco da atividade doméstica", analisou.