O Estado de São Paulo, n. 44941, 02/11/2016. Política, p.A4

 

Salário de prefeito em SP pode alcançar R$ 33 mil

Andreza Matais e Marcelo de Moraes

 

 

A Mesa da Câmara de Vereadores de São Paulo vai se reunir daqui a dez dias para discutir reajuste salarial para o prefeito, vice, secretários e para eles próprios. O presidente da Câmara, Antonio Donato (PT), revela que a tendência é elevar a remuneração do prefeito dos atuais R$ 24,1 mil para R$ 33 mil, o que já valeria para João Doria. Donato disse que o salário dos vereadores também deve subir. Hoje, ganham R$ 15.031,76 brutos. As Câmaras têm até o final do ano para decidir sobre o tema. Se nada for aprovado, os salários da próxima gestão congelam. 

Dois gumes. A justificativa de Donato é a mesma de colegas de outras cidades. Se o prefeito não tiver aumento, o funcionalismo também não tem. Sem bons salários, fica difícil atrair quadros qualificados para a gestão pública.

Não quero. Na campanha eleitoral, João Doria prometeu doar o salário para instituições de caridade.

É geral. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, diz que quem não reajustou os subsídios dos prefeitos vai fazê-lo com base na mesma dicotomia de SP. 

Só alegria. Os R$ 6 bilhões que os municípios vão receber do programa de repatriação equivalem a um mês de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). 

Gerando emprego. Além dos quase 20 escritórios de advocacia que a Odebrecht contratou no Brasil para defender seus executivos na Operação Lava Jato, há outros nove cuidando dos enroscos da empresa nos Estados Unidos e na Suíça. 

Tá chegando. Está mantida para terça-feira (8) a data da assinatura das delações premiadas dos executivos da Odebrecht. 

Agora não. “A vida tá boa”, tem repetido o ex-ministro Joaquim Barbosa a quem pergunta sobre planos para se candidatar em 2018. A Rede, de Marina Silva, já sondou o relator do mensalão sobre a sucessão.

Ocupado. O ex-ministro atua como parecerista nas áreas tributária, administrativa e criminal. 

Não foi desta vez. O STJ negou habeas corpus de um advogado simpatizante para trancar todas as ações penais contra o ex-presidente Lula. A decisão, tomada na última semana, foi da presidente da Corte, ministra Laurita Vaz. 

Cota. A Comissão da Reforma Política vai discutir a reserva de quatro vagas de deputados federais para índios. A ideia é fazer territórios eleitorais indígenas para que eles elejam seus representantes. 

CLICK. Relator da MP do Ensino Médio, o senador Pedro Chaves (PSC) diz se inspirar no tucano Antonio Anastasia, que relatou o impeachment na Casa. 

Há vagas. O Palácio do Planalto procura um oficial de chancelaria para assessorar a primeira-dama Marcela Temer nas viagens internacionais. Buscam alguém discreto, com experiência em viagens e domínio de línguas estrangeiras. 

Alinhavado. O governo coloca na quinta-feira o ponto final no texto da medida provisória das concessões de aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. É a medida mais aguardada nos setores de infraestrutura. A expectativa é que seja publicada na sexta-feira. 

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PRONTO, FALEI!

CARLOS BOLSONARO (PSC)

Vereador do Rio de Janeiro

Sobre ter assinado projeto de lei que previa salário vitalício a vereadores: “Assinar o projeto do vereador João Cabral não significa voto ou aprovação; só me transforma em coautor”. 

COM NAIRA TRINDADE E MARIANA DIEGAS.