O Estado de São Paulo, n. 44940, 01/11/2016. Política, p.A4

PMDB e PSDB se unem para conter nova frente

Andreza Matais, Marcelo de Moraes, Naira Trindade, Mariana Diegas, Rafael Moraes Moura, Ricardo Brito e Samuel Quintela

Terminada a eleição, PMDB e PSDB já planejam juntar forças para a campanha nacional de 2018. Os dois partidos tiveram os melhores desempenhos na disputa municipal, mas sabem que, se o PT derreteu na eleição, uma frente de esquerda, liderada por Ciro Gomes (PDT), pode se tornar uma novidade com apelo eleitoral. Especialmente, no quadro de desconfiança em relação aos políticos tradicionais. Por isso, querem reunir o maior número de aliados, especialmente o PSD, do ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, para se fortalecer.

Mina. O PSD conseguiu vencer em 541 municípios, se tornando a terceira maior força eleitoral. Quanto mais prefeitos, maior a chance de fazer uma bancada expressiva no Congresso em 2018. O que atrai qualquer candidato. 

Vantagem. Entre os tucanos, José Serra é o presidenciável mais próximo de Kassab. Aécio Neves tem boa relação. Já Geraldo Alckmin, quase nenhuma. 

Rodou. Famoso por ter a honestidade elogiada pela mulher, a deputada Raquel Muniz (PSD), durante a votação do impeachment e dias depois ser preso pela PF, o prefeito Ruy Muniz (PSB) não foi reeleito em Montes Claros (MG). 

Maduro. O eleitor local preferiu votar num veterano, com perfil fiscalizador. Ganhou a disputa Humberto Souto (PPS), de 82 anos, ex-presidente do TCU. 

Limonada. O alto índice de votos brancos e nulos na disputa municipal levou a OAB nacional a defender a aprovação com urgência de três pontos da reforma política: a criminalização do caixa dois, o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira.

Aniversário. Ao falar ao TSE no âmbito do processo que pode levar à cassação da chapa Dilma/Temer, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa disse ao ministro Herman Benjamin que aquele era o seu depoimento de número 200. “Tenho duzentos depoimentos, não vou lembrar de todos.” 

Resposta. “Nós esperamos que na Justiça Eleitoral seja o último”, rebateu Benjamin. Paulo Roberto concordou: “Eu também, Excelência”. 

Ele fica. Renan Calheiros vai manter o diretor da Polícia Legislativa Pedro Carvalho no cargo que ocupa desde 2005. Pedrão e os outros três policiais alvos da Operação Métis voltam a trabalhar a partir de hoje, 1º. 

Rejeição. Enquete virtual do Senado aponta rejeição à PEC do Teto. Até ontem, 259.638 pessoas estavam dizendo não e 15.208, sim. 

CLICK. Em semana de feriado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), viajou ao Azerbaijão com deputados. O grupo conversou com líderes do país asiático. 

Tudo de novo. Indicado por Dilma Rousseff, o presidente da Anac, José Ricardo Botelho, reabriu o prazo de audiência pública para tratar de concessão de aeroportos até o dia 7 de novembro. O limite era até o dia 20 de junho. 

Magoou. A decisão irritou o governo Temer porque vai atrasar o processo de concessões. A Anac alega que foi motivada por alterações feitas pela Secretaria de Aviação Civil. 

Ausência. Com milhares de escolas ocupadas pelo País, o Ministério da Educação faltou à audiência pública que tratou do tema na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

(...) 

PRONTO, FALEI!

MENDONÇA FILHO

Ministro da Educação (DEM-PE)

“O resultado da eleição é o referendo final que diz não ao PT e enterra de vez a narrativa contra o impeachment. O brasileiro se cansou das mentiras do PT.”