PATRÍCIA RODRIGUES ESPECAL PARA O CORREIO

Ex-ministro do Planejamento no governo Temer, Homero Jucá (PMDBIRR) , foi oficializado líder do governo no Congresso Nacional na manhã de ontem. A indicação ocorre no momento em que Michel Temer deseja dar celeridade à votação de projetos considerados impopulares.Temer acredita que não há incoerência ao indicar Jucá, que se demitiu do cargo de ministro após aparecer em gravações com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sugerindo uma reação política à Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. "jucá deixou o governo, não o demiti naquela ocasião. Ele é capaz de uma articulação extraordinária com o foco no legislativo", disse Temer, no início da semana.O poder de articulação de Jucá foi ressaltado até pela oposição.O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), atribui a indicação do ex- ministro a uma tentativa de Temer de evitar derrotas no Congresso. "Jucá é um parlamentar muito experiente. O governo tenta tomar folego para votar medidas que vão contra os interesses do povo brasileiro", criticou.

O passado de Jucá, numa possível tentativa de barrar a Lava-Jato, parece não ter impressionado os parlamentares. O líder do PSOI3 na Câmara, Antônio Imbassahy (BA) ,acredita que Temer fez uma avaliação e não achou problemas em nomear Jucá. "Foi uma decisão acertada. Ele vai dar fôlego nas decisões", elogiou.Antes de jantar com o presidente Michel Temer na noite quarta-feira (16/11), os senadores Homero Jucá (PMDB /HH) e João Alberto Souza (PMD D/MA) se envolveram numa confusão com manifestantes que protestavam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita o teto dos gastos públicos.Segundo os senadores, os manifestantes se jogaram nos carros, quebraram vidros e amassaram os capôs. No entanto, o manifestante T.S. registrou um boletim de ocorrência na 5ª DP alegando ter sido atropelado.O caso foi registrado como acidente de trânsito com vítima e lesão corporal.