Título: Elogios na CNA
Autor: Jeronimo, Josie
Fonte: Correio Braziliense, 24/11/2011, Política, p. 2

Apesar do embate no Congresso por conta das mudanças aprovadas no texto do Código Florestal, a relação de Dilma Rousseff com os ruralistas está mais do que harmônica. Ontem, em evento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), depois da aprovação do texto na Comissão de Meio Ambiente do Senado, Dilma elogiou copiosamente o papel dos produtores agrícolas nos bons resultados da economia.

"Um dos nossos setores mais importantes é a agropecuária, que representa 22,4% do nosso PIB e 37% das nossas exportações. O Brasil se orgulha de ter uma das agriculturas mais eficientes e mais produtivas, está entre as melhores do mundo. O Brasil é hoje uma potência agropecuária", disse a presidente, ressaltando que o país exporta para 214 destinos internacionais.

Kátia Abreu discursou antes, sinalizando estar ao lado do governo no esforço para a aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) no Senado e destacou o "grande interesse e compreensão" de Dilma Rousseff em relação à nova política agrícola. Ao contrário do discurso endurecido no Senado por conta das mudanças aprovadas no Código Florestal, a senadora elogiou o texto, destacando que o novo código "descortina um horizonte de paz, segurança e respeito para os produtores".

Dilma elogiou o consenso em torno do novo código e ressaltou a possibilidade de avanços no agronegócio, sem comprometer o meio ambiente. "O Brasil é o único país que pode ser potência agrícola e energética sem deixar de ser potência de biodiversidade", disse.

A presidente falou sobre as ações do governo para auxiliar os produtores e destacou a necessidade de que o setor público "não atrapalhe" o setor privado. Menos burocracia, taxas de juros mais baixas e melhorias na infraestrutura foram algumas das promessas de Dilma Rousseff para o setor. "Temos que garantir que cada um desses R$ 107 bilhões (do Plano Safra 2011- 2012) chegue na mão do produtor. Não podemos aceitar que parte desse dinheiro, por menor que ela seja, seja indevidamente desviada", afirmou.