Título: Haddad defende o Enem na Câmara
Autor: Castro, Grasielle
Fonte: Correio Braziliense, 24/11/2011, Brasil, p. 13

O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi, ontem, à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados prestar esclarecimentos relativos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sem apoio do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, escalado para auxiliá-lo. Munido de dados, Haddad rebateu as críticas e argumentou que as falhas no Enem estão dentro do aceitável. Em 2009, provas foram desviadas e, neste ano, 14 questões vazaram.

Apesar das controvérsias, o ministro se mostrou convencido de que o exame é um método necessário para universalizar o acesso à educação superior e anunciou que, com a última edição, o número de vagas bateu recorde. A estimativa é que ultrapasse a marca de 100 mil vagas. No ano passado, foram 83 mil.

Haddad ressaltou o aumento do número de interessados em utilizar o programa como forma de ingresso na universidade. De 2008 para 2010, a quantidade de inscritos passou de 3 milhões para 5 milhões. "O Enem era uma coisa que não tinha valor e passou a ter", alegou. Apesar do discurso em prol da avaliação, Haddad reconheceu que há muito o que melhorar na hora da aplicação do exame, momento em que "entra o elemento humano".

Demissão O ministro também comentou o pedido de demissão feito pelo reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), José Januário de Oliveira Amaral, na manhã de ontem. Amaral é suspeito de desvio de verbas na universidade por meio da Fundação Rio Madeira (Riomar). "Ele entendeu que tem que colocar os interesses da instituição acima dos interesses pessoais", avaliou Haddad. A sindicância e o processo administrativo disciplinar estão instalados para apurar as denúncias. "Agora se abre um novo capítulo, que é a escolha do novo dirigente", afirmou o ministro.