Título: Agência assume ônus
Autor: Leite, Larissa
Fonte: Correio Braziliense, 03/12/2011, Brasil, p. 14

O Unicef esclareceu que o relatório utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2004 a 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera a linha de extrema pobreza como a renda de até 1/4 de salário mínimo per capita mensal. A adoção do parâmetro se deve ao fato de o fundo não dispor de dados desagregados por faixa etária para o período analisado.

"Recebemos com satisfação a informação de que, nessa nova metodologia, a proporção de adolescentes vivendo em extrema pobreza caiu, uma tendência já verificada pelo relatório para a população em geral", divulgou, ontem, a agência. "O Unicef reafirma sua disposição em continuar sua parceria com o governo para desenvolver estratégias de combate à extrema pobreza, prioritariamente entre crianças e adolescentes", conclui o informe.

O governo federal tem o objetivo de retirar 16,2 milhões de brasileiros da extrema pobreza, até 2014, por meio do Plano Brasil sem Miséria, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Da população extremamente pobre, 40% são menores de 14 anos — um público considerado prioritário na exclusão dos índices de miséria. "Nós temos um grande acordo com relação ao Unicef de que população de adolescentes é prioritária para se trabalhar", reforçou a ministra Teresa Campello.

Contemplados O governo desenvolve atualmente uma série de ações sociais que beneficiam direta ou indiretamente os menores de idade. Entre elas, a ampliação este ano do limite do Bolsa Família de três para cinco filhos (com até 15 anos), o que incluiu cerca de 1,2 milhão de crianças e adolescentes no programa. Também foi criado o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que deve ampliar a oferta de educação profissional aos estudantes do país.